O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 26 de novembro de 2025, que o Brasil “deu uma lição de democracia ao mundo” com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de altos militares envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado. Em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula destacou que a Justiça brasileira não se intimidou diante das ameaças e realizou um julgamento rigoroso, que resultou na condenação definitiva dos envolvidos, demostrando que a democracia no país é para todos e que os direitos dos 215 milhões de brasileiros são respeitados. Segundo ele, a prisão de um ex-presidente e de quatro generais de quatro estrelas é inédita na história do Brasil, ocorrendo pela primeira vez em 500 anos[1][4][5].
A condenação dos sete réus, entre eles Jair Bolsonaro, foi confirmada no último dia 25, com o trânsito em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), o que significa a impossibilidade de recurso e o início do cumprimento das penas. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, em associação criminosa armada, além de danos qualificados pela violência, grave ameaça e deterioração de patrimônio histórico. Os demais réus, que incluíram antigos ministros e líderes militares, receberam penas que variam de 16 a 26 anos, cumpridas em unidades militares e policiais em Brasília e no Rio de Janeiro. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, está foragido nos EUA[4].
Lula enfatizou que sua felicidade não decorre da prisão dos acusados, mas do fato de o país ter demonstrado maturidade para exercer a democracia plenamente. Ele ressaltou ainda que não houve acusações de partidos de oposição no processo, mas sim acusações originadas dentro do grupo que tentou o golpe em 2022. O presidente sancionou, na mesma cerimônia, a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, mostrando o compromisso do governo com políticas sociais[4].
A condenação recebeu ampla repercussão e foi vista como um marco na história política brasileira, representando a força do sistema judiciário e a preservação do regime democrático mesmo diante de ameaças internas e externas. A decisão do STF e a execução das penas mostram a capacidade do Estado brasileiro em enfrentar tentativas de ruptura institucional, estabelecendo um precedente importante para a democracia do país[1][5].
