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Mais de 22 mil agentes garantem segurança de provas discursivas do CNU

A edição de 2025 do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) entra em sua fase decisiva neste domingo (7), com a aplicação da prova discursiva para cerca de 42 mil candidatos classificados após a primeira etapa objetiva. A prova, que será realizada em 228 municípios de todas as regiões do país, tem logística e segurança coordenadas por um esforço conjunto entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a Fundação Getulio Vargas (FGV) e diversas forças de segurança federais e estaduais.

Os cadernos da prova discursiva já estão sob custódia das forças de segurança e, em várias regiões, armazenados em bases da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que mantêm vigilância ininterrupta até o momento do transporte aos locais de aplicação. A operação envolve mais de 22 mil profissionais, dos quais cerca de 11 mil são agentes de segurança pública, responsáveis pelo transporte, vigilância, aplicação e recolhimento dos malotes. A integridade do processo é monitorada em tempo real pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília, com representantes de todas as instituições envolvidas.

A prova discursiva será aplicada em 290 polos de aplicação, incluindo 26 municípios com até dez candidatos classificados. A operação foi planejada para garantir que mesmo os participantes mais isolados possam fazer a avaliação. No Amapá, por exemplo, malotes com as provas seguem com escolta da PRF até Oiapoque para atender duas candidatas. Situações semelhantes ocorrem em Uruguaiana (RS), Breves (PA), na Ilha do Marajó, e em outras localidades remotas, seguindo a diretriz de que, mesmo que haja apenas um inscrito em um município distante, a prova será levada até ele.

Para os cargos de nível superior, a prova discursiva será realizada das 13h às 16h e será composta por duas questões, com limite de 30 linhas cada, valendo 22,5 pontos por resposta, totalizando 45 pontos. A avaliação considerará 50% de conhecimentos específicos e 50% de domínio da Língua Portuguesa, com foco em clareza, coerência, coesão, ortografia e estrutura textual. Já os candidatos a cargos de nível intermediário farão a prova das 13h às 15h, com uma redação dissertativo-argumentativa, também limitada a 30 linhas, valendo até 30 pontos. Neste caso, toda a nota será baseada na qualidade da escrita, na argumentação e no uso da norma culta.

Os portões dos locais de prova serão fechados às 12h30, horário de Brasília, meia hora antes do início da aplicação. Os candidatos devem comparecer com antecedência, munidos de documento oficial com foto e caneta esferográfica azul ou preta, já que a prova será escrita à mão. Apenas o texto transcrito na folha definitiva será considerado na correção.

A segunda edição do CNU oferece 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos federais, com oportunidades em todos os estados e no Distrito Federal. O concurso também visa formar um banco de candidatos aprovados para futuros provimentos. A prova discursiva integra a nota final ponderada, que combina o desempenho nas etapas objetiva e discursiva, podendo elevar significativamente a pontuação final dos participantes.

A realização da prova discursiva marca um momento crucial no processo seletivo, que busca consolidar o modelo unificado de concursos públicos federais como uma ferramenta para ampliar eficiência, diversidade e representatividade na seleção de servidores para o Estado brasileiro.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)