A etapa de Laval da Copa do Mundo de Paraescalada, realizada neste sábado (25) na França, foi encerrada com uma vitória emocionante da brasileira Marina Dias. Na classe RP3, destinada a atletas com limitações de alcance, força e potência, a paulista marcou 51 agarras na parede, superando as adversárias Laura Nesciobelli, da Alemanha (prata, com 45 agarras), e Charlotte Andrew, do Reino Unido (bronze, com 42 agarras). Esse foi o primeiro ouro de Marina no ano, depois de dois terceiros lugares nas etapas de Salt Lake City, nos Estados Unidos, e Innsbruck, na Áustria.
A vitória de Marina Dias confirma sua posição como principal atleta brasileira da paraescalada. Ela, que tem o lado esquerdo do corpo afetado pela esclerose múltipla, é bicampeã mundial e coleciona conquistas internacionais. Em 2023, por exemplo, faturou três medalhas no circuito da Copa do Mundo de Paraescalada, sendo duas de ouro e uma de prata. No entanto, apesar do sucesso, a classe RP3, onde Marina compete, não está incluída no programa dos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028, quando a paraescalada fará sua estreia paralímpica.
Além de Marina, outros brasileiros marcaram presença em Laval. O paranaense Eduardo Schaus, prata no Mundial de Seul, chega à final da classe AU2 (atletas amputados ou com função reduzida de membro superior), que terá disputa por medalhas em Los Angeles. Schaus foi o segundo melhor na eliminatória de sua categoria e busca seu primeiro pódio em Copa do Mundo. Já Leonardo Vilha, do Paraná, terminou em sexto lugar na classe AU3 (uma mão ou vários dedos ausentes em ambas as mãos ou função reduzida), enquanto Luciano Frazão, do Distrito Federal, ficou em 15º na classe AL2 (amputação de uma perna ou deficiência de membro inferior, sem articulação do tornozelo funcional), outra categoria que será disputada na Paralimpíada de 2028.
A etapa de Laval segue neste domingo (26), com a final do brasileiro Eduardo Schaus, transmitida ao vivo pelo canal da Federação Internacional de Escalada Esportiva no YouTube. O desempenho do time brasileiro em Laval reforça o crescimento da paraescalada no Brasil, mostra a diversidade de categorias e chama a atenção para a importância de ampliar a inclusão, especialmente em grandes eventos como os Jogos Paralímpicos, onde nem todas as classes encontram espaço. Para Marina Dias, a vitória em Laval consolida sua trajetória de superação e referência para futuras gerações de paratletas.
