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Mercado reduz previsão da inflação para 4,46%, abaixo do teto da meta

Após a divulgação do IPCA de outubro, que registrou a menor inflação para o mês em quase 30 anos, a previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil em 2025 foi revisada para baixo, passando de 4,55% para 4,46%. Esse novo patamar está dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, situando o limite superior em 4,5% e o inferior em 1,5%.

O resultado de outubro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma variação de apenas 0,09% no IPCA, o índice oficial que mede a inflação, o menor índice para o mês desde 1998. Esse desempenho foi fortemente influenciado pela queda no preço da energia elétrica residencial, que teve recuo de 2,39%, além de contribuições negativas de aparelhos telefônicos e seguro de veículos. O efeito combinado desses fatores desacelerou a inflação mensal, que ficou significativamente abaixo das expectativas do mercado.

Apesar da inflação acumulada em 12 meses ser de 4,68%, abaixo da marca de 5% registrada nos meses anteriores e da primeira vez em oito meses que o índice cai abaixo desse patamar, ela ainda permanece ligeiramente acima do teto da meta estipulado pelo CMN. Para os próximos anos, a expectativa do mercado financeiro é de que a inflação reduza gradualmente, com projeções de 4,2% para 2026, 3,8% para 2027 e 3,5% para 2028.

No âmbito das taxas de juros, o Banco Central mantém a taxa básica, Selic, em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva. O Comitê de Política Monetária (Copom) sustenta a taxa elevada como forma de conter pressões inflacionárias, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito, estimulam a poupança e desaceleram o crescimento econômico. Contudo, o Copom não descarta aumentos futuros da Selic, caso a conjuntura econômica global e nacional justifique tal medida.

Em relação à atividade econômica, o boletim Focus indica estabilidade nas projeções do Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento estimado em 2,16% para 2025 e perspectivas de 1,78% a 2% nos anos seguintes. A economia brasileira apresentou expansão de 0,4% no segundo trimestre deste ano, impulsionada principalmente pelos setores de serviços e indústria. Quanto ao câmbio, as previsões apontam para uma cotação do dólar em R$ 5,40 no final de 2025, com leve alta para R$ 5,50 em 2026.

Esses números refletem uma conjuntura de desaceleração da inflação, ainda sob o impacto das medidas monetárias adotadas pelo Banco Central e da política econômica global incerta, especialmente diante do cenário americano. O controle da inflação, portanto, permanece como um desafio central para a estabilidade econômica do país nos próximos anos.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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