O Ministério da Saúde divulgou, nesta sexta-feira (31), que nove estados brasileiros estão investigando casos de intoxicação por metanol, com um total de 45 registros em análise. O estado de São Paulo concentra o maior número de casos confirmados, com 46 ocorrências, além de nove casos ainda sob investigação. Outros oito estados notificaram suspeitas da intoxicação: Pernambuco (20), Piauí (5), Paraná (4), Mato Grosso (2), Rio de Janeiro (2), Bahia (1), Mato Grosso do Sul (1) e Tocantins (1).
No país, já foram confirmados 59 casos de intoxicação por metanol, resultantes do consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, sendo São Paulo o principal foco da crise. O esquema fraudulento, identificado em 17 de outubro, envolvia a adulteração de álcool combustível com metanol. Além de São Paulo, foram contabilizados casos confirmados no Paraná (6), Pernambuco (5), Rio Grande do Sul (1) e Mato Grosso (1). O Ministério da Saúde descartou 682 notificações que não se enquadravam como casos de intoxicação.
As intoxicações já resultaram em 15 mortes confirmadas no país: nove em São Paulo, três no Paraná e três em Pernambuco. Além disso, seis óbitos estão em investigação — dois em São Paulo, dois em Pernambuco, um em Mato Grosso do Sul e outro no Rio de Janeiro. Desde o início da crise sanitária, 40 mortes suspeitas foram descartadas.
Diante dessa situação, o Ministério da Saúde reforçou a necessidade de notificação imediata de todos os casos suspeitos de intoxicação por metanol para fortalecer a vigilância epidemiológica e garantir uma resposta rápida e eficiente. Uma sala de situação foi instalada para monitorar a evolução dos casos enquanto houver risco sanitário. A população é alertada a evitar o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, para prevenir novos casos de intoxicação grave causada por essa substância tóxica.
