O Brasil teve uma campanha histórica no Mundial de Taekwondo realizado em Wuxi, na China, conquistando três medalhas com um desempenho nunca antes alcançado pela equipe nacional na competição. Nesta terça-feira, a paulista Milena Titoneli, de 27 anos, garantiu a medalha de prata na categoria até 67 quilos. Ela foi derrotada na final pela húngara Luana Márton por 2 rounds a 1, repetindo um feito marcante: esta foi a terceira medalha da atleta em cinco participações no Mundial, após bronzes conquistados em 2019, em Manchester, e 2022, em Guadalajara.
Milena, natural de São Caetano do Sul, soma na temporada dois títulos importantes, tendo sido campeã no Aberto do Rio de Janeiro e no Aberto da Polônia, onde superou a própria Luana Márton na final. Apesar da derrota na decisão, a atleta destacou o valor da conquista, ressaltando a intensa preparação física e mental ao longo dos anos e a motivação para seguir buscando novos objetivos na carreira.
Além de Milena, o Brasil já tinha garantido dois ouros no Mundial: Henrique Marques, na categoria até 80 kg, é o primeiro homem brasileiro a conquistar o título mundial, e Maria Clara Pacheco, campeã nos 57 kg, que quebrou um jejum de 20 anos desde o primeiro ouro brasileiro em Mundiais, conquistado pela paranaense Natália Falavigna em 2005. Essa sequência coloca a atual participação brasileira como a melhor da história no Mundial de Taekwondo. Segundo Henrique Precioso, diretor técnico da Confederação Brasileira de Taekwondo, o valor das medalhas conquistadas e o número expressivo de medalhistas revelam que esta é, de longe, a campanha mais vitoriosa da equipe.
A competição segue até quinta-feira, e a delegação brasileira mantém expectativa de ampliar a coleção de medalhas, com atletas como Edival Marques Quirino Pontes e outros representantes ainda na disputa. O Mundial tem transmissão ao vivo pelo site da Federação Internacional de Taekwondo, promovendo grande visibilidade para o esporte nacional e reforçando o momento de destaque do Brasil no cenário mundial.
