O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro receba alimentação especial enquanto está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. A decisão permite que uma pessoa previamente cadastrada pela defesa de Bolsonaro entregue a comida no horário estabelecido pela corporação, cabendo à Polícia Federal fiscalizar e registrar todos os alimentos levados ao ex-presidente. O pedido para alimentação especial foi feito pelos advogados de Bolsonaro.
Essa autorização ocorre logo após o trânsito em julgado da condenação de Bolsonaro, que estabeleceu a pena definitiva de 27 anos e três meses de prisão pela ação penal relacionada à trama golpista. Com essa decisão, a prisão de Bolsonaro passou de preventiva para definitiva. Ele havia sido preso preventivamente no último sábado, dia 22, após tentar violar a tornozeleira eletrônica que estava usando. Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar em outro inquérito, referente a investigações sobre tarifas dos Estados Unidos contra exportações brasileiras, processo no qual também é investigado.
Durante os primeiros dias de detenção na PF, Bolsonaro tem recebido refeições preparadas pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que o visitou recentemente e solicitou um novo encontro. A autorização do ministro Alexandre de Moraes para a entrega de alimentação especial segue um contexto em que a defesa de Bolsonaro contestou a antecipação do cumprimento da pena, alegando que ainda haveria recursos previstos para revisão da condenação. No entanto, Moraes destacou que o entendimento do STF sobre o caso é pacífico há mais de sete anos, considerando os recursos infringentes como meramente protelatórios.

