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Mulheres negras marcham hoje em Brasília por reparação e bem-viver

Caravanas de mulheres negras de todo o Brasil se reuniram nesta terça-feira (25) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para a 2ª Marcha das Mulheres Negras, que neste ano tem como tema “por Reparação e Bem Viver”. A mobilização, organizada pelo Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, buscou reunir cerca de 1 milhão de participantes para reivindicar direitos fundamentais como moradia, emprego e segurança, além de lutar por uma vida digna, livre de violência, e por ações efetivas de reparação histórica.

A marcha faz parte da Semana por Reparação e Bem-Viver, realizada entre 20 e 26 de novembro, que contou com debates, atividades culturais e apresentações destinadas a exaltar o protagonismo das mulheres negras em todo o país. A concentração teve início às 9h no Museu da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, onde ocorreram uma roda de capoeira e um cortejo de berimbaus, integrando elementos culturais que valorizam a identidade negra brasileira. Paralelamente, o Congresso Nacional realizou uma sessão solene em homenagem à marcha, reforçando a importância política do evento.

Por volta das 11h, a marcha avançou pela Esplanada dos Ministérios, em um ato que também ultrapassou as fronteiras nacionais, incluindo a participação de lideranças negras da diáspora e do continente africano. Este engajamento internacional simboliza uma articulação global contra o racismo, o colonialismo e o patriarcado, fortalecendo laços com mulheres afrolatinas, afro-caribenhas e de outras regiões que compartilham o objetivo comum da justiça social e reparação histórica.

A atual edição da marcha acontece em um momento simbólico, celebrando o Dia Nacional da Consciência Negra, no dia 20 de novembro, e marca uma década desde a primeira grande mobilização nacional das mulheres negras no Brasil. Naquela ocasião, cerca de 50 mil mulheres ocuparam a Esplanada dos Ministérios para denunciar o racismo e a violência, além de reivindicar o bem viver.

Além das reivindicações políticas, a marcha de 2025 enfatizou a promoção da mobilidade social e a reparação pelos danos econômicos e sociais causados pelo legado da escravidão. O evento reafirmou a importância de fortalecer a voz e a representação das mulheres negras em todos os níveis da sociedade, com a certeza de que suas pautas são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e plural.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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