Nísia Trindade é anunciada nova ministra da Saúde

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que Nísia Trindade Lima será a ministra da Saúde. Ela será a primeira mulher a ocupar esse cargo e traz para o cargo seu amplo conhecimento sobre a saúde pública do país e sua experiência internacional.

Desde 2017, Nísia Trindade Lima é presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela é doutora em Sociologia, com mestrado em Ciência Política e graduação em Ciências Sociais. Sua tese de doutorado, intitulada “Um Sertão Chamado Brasil”, foi premiada como a melhor tese de doutorado em Sociologia no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e está em sua 2ª edição. Anteriormente, ela atuou como diretora da Casa de Oswaldo Cruz, uma unidade da Fiocruz focada em pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde. Ela também participou da elaboração do Museu da Vida, um premiado museu de ciência da Fiocruz.

Nísia liderou a Fiocruz organização durante a pandemia de COVID-19. Ela também foi responsável por coordenar um acordo entre o Ministério da Saúde e a Universidade Oxford para a produção de uma vacina contra o coronavírus. A vacina produzida pela Fiocruz em parceria com a AstraZeneca e a Universidade Oxford é a segunda mais utilizada no Brasil, atrás apenas da vacina da Pfizer.

Em dezembro de 2020, Nísia Trindade Lima foi eleita membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na categoria de Ciências Sociais. No início de 2022, ela se tornou membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS), que promove o avanço da ciência nos países em desenvolvimento.

Em setembro de 2021, ela se tornou membro independente do Conselho da Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI). Foi agraciada com o título de Cavaleira da Ordem Nacional da Legião de Honra da França pelo governo francês, em reconhecimento ao seu trabalho nas áreas da ciência e da saúde e pelos serviços prestados à sociedade durante a pandemia de Covid-19. Em novembro de 2022, ela recebeu o Prêmio Regional da TWAS para Diplomacia Científica, que homenageia indivíduos que participam de projetos de pesquisa transfronteiriços que contribuem para a melhoria das relações internacionais.

Entre os profissionais de saúde que participaram da transição de governo, o nome de Nísia era bem avaliado. Além disso, os gestores estaduais também consideravam Nísia uma boa escolha para o cargo de ministra da Saúde. Ela foi responsável por coordenar um acordo entre o Ministério da Saúde e a Universidade Oxford para a produção de uma vacina contra o COVID-19.