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Número de suspeitos mortos em ação na Penha e no Alemão pode aumentar

Na última terça-feira, o Rio de Janeiro foi palco de uma das operações policiais mais letais da história do estado, conhecida como Operação Contenção. A ação, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da cidade, contou com a mobilização de 2,5 mil policiais civis e militares. O objetivo principal era combater a expansão territorial do Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do país, e capturar lideranças importantes que atuam tanto no Rio quanto em outros estados.

A operação resultou em um saldo de 64 mortos, incluindo quatro policiais, e 81 prisões. Além disso, foram apreendidos mais de 90 fuzis, pistolas, granadas e uma grande quantidade de drogas ainda em contabilização. Esse número de mortos supera o da operação no Jacarezinho em 2021, que deixou 28 vítimas, consolidando a Operação Contenção como a mais letal na história do Rio de Janeiro.

Durante a operação, houve intensos confrontos entre as forças de segurança e os criminosos, resultando em um cenário de guerra urbana. Em retaliação, criminosos promoveram bloqueios em várias partes da cidade, utilizando veículos e pneus em chamas, o que causou paralisações e transtornos significativos ao tráfego e à vida cotidiana dos cidadãos. A Secretaria Municipal de Educação ordenou a suspensão de atividades em 48 escolas da região afetada.

O governador Cláudio Castro defendeu a operação, argumentando que foi extremamente planejada e necessária para combater o crime organizado. Ele criticou o governo federal por não dar a devida atenção à segurança pública estadual.

Após a operação, também houve um protesto na entrada do Hospital Getúlio Vargas, onde foram levados os mortos e feridos, devido a relatos de corpos não contabilizados em áreas de mata. Ainda não foi confirmado se essas mortes estão relacionadas à operação, mas se confirmado, o número de mortos poderia chegar a 66.

O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, destacou a eficácia da operação, que foi fruto de inteligência e planejamento cuidadoso. Ele mencionou que a presença de múltiplos focos de confronto mostra a precisão das informações de inteligência coletadas.

O secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, enfatizou a força máxima empregada e a grande quantidade de armas apreendidas, essenciais para neutralizar o poder de fogo dos criminosos. A Secretaria de Administração Penitenciária reforçou as vistorias nos presídios onde estão detidas lideranças do Comando Vermelho, apreendendo celulares e drogas.

Como parte das ações posteriores, o governador Cláudio Castro solicitou ao governo federal dez vagas em presídios federais de segurança máxima para transferir lideranças criminosas capturadas. Afirmou que o estado não tolerará conivência com o crime e enfrentará as atividades criminais com rigor e dentro da lei.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)