O Brasil registrou uma queda significativa no número de trabalhadores que procuram emprego há longos períodos, especialmente aqueles buscando vaga há dois anos ou mais, que recuaram 17,8% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Essa redução também se estende a outras faixas de tempo de procura por trabalho, como o contingente de pessoas buscando emprego há mais de um mês e menos de um ano, que atingiu o menor nível registrado desde 2012. Além disso, o número de brasileiros que procuram emprego há menos de um mês caiu 14,2%, configurando a menor marca desde 2015. Esses dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento do IBGE, o número de desocupados segmento por faixa de procura ficou assim distribuído: 1,1 milhão estão há menos de um mês buscando trabalho, 3 milhões entre um mês e menos de um ano, 666 mil entre um a menos de dois anos, e 1,2 milhão por dois anos ou mais. Todos esses grupos tiveram redução em relação ao ano anterior, o que demonstra uma melhora concreta no cenário de emprego. A pesquisa aponta ainda que, no terceiro trimestre de 2025, mais da metade dos desocupados (50,8%) estavam na faixa de um mês a menos de um ano de procura, enquanto apenas 19,5% procuravam trabalho há dois anos ou mais, a menor proporção desde 2015.
Esse recuo no tempo de procura por emprego ocorre no contexto em que o Brasil atingiu a taxa de desocupação de 5,6%, a menor desde o início da série histórica da Pnad em 2012. O estudo avalia o mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais considerando todas as formas de ocupação, e leva em conta que o indivíduo só é considerado desocupado se efetivamente procurou uma vaga nos 30 dias anteriores à pesquisa. A abrangência da Pnad inclui 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal, garantindo um panorama abrangente da situação do emprego no país.
A melhora no cenário indica avanços importantes no mercado de trabalho brasileiro, com menos pessoas enfrentando o desemprego de longa duração e um volume menor de desocupados em geral. Esses números reforçam tendências positivas no âmbito econômico e social, refletindo em maior dinamismo e oportunidades no mercado de trabalho nacional.
