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O ano de 2025 pelas lentes da Agência Brasil

Pessoas foram às ruas em 2025 para protestar, apoiar causas ou firmar posições decisivas, enquanto engravatados tomavam deliberações em salas fechadas e plenários ferventes. Golpistas receberam suas sentenças, mulheres tiveram vidas ceifadas de forma covarde, e uma nova expressão ganhou força no debate nacional: a adultização precoce. Belém se transformou na capital temporária do Brasil durante a COP30, com olhares mundiais voltados para a Amazônia, em meio a tornozeleiras eletrônicas, tarifaços e Comissões Parlamentares de Inquérito que definiram o ritmo do ano.

A Agência Brasil registrou esses momentos por meio de milhares de cliques, selecionando 100 imagens que capturam o essencial de um país em ebulição. As fotografias servem como testemunho vivo de disputas políticas acirradas, veredictos do Supremo Tribunal Federal e embates no Congresso que ecoaram na sociedade. A retrospectiva começa pela violência contra a mulher, um drama persistente que atravessou o calendário: o feminicídio seguiu como desafio urgente, revelando falhas na proteção apesar de leis e debates ampliados.

As ruas reassumiram protagonismo. Manifestações pelo orgulho LGBTQIA+ coloriram avenidas com bandeiras e corpos diversos, enquanto povos indígenas ocupavam Brasília em defesa da terra, da Constituição e de territórios ancestrais. Esse Brasil plural transformou o espaço público em palco de afirmação, com vozes e identidades em resistência coletiva.

A crise climática deixou marcas profundas. Enchentes devastaram casas em estados inteiros, e secas extremas castigaram plantações, tornando a água bem escasso para comunidades vulneráveis. Esses eventos expuseram contrastes sociais, com os mais pobres sofrendo os piores impactos da fúria natural.

Belém viveu dias de glória global na COP30, de 10 a 22 de novembro, quando 195 nações aprovaram o Pacote de Belém, com 29 decisões por consenso. O documento avançou na transição para abandonar combustíveis fósseis, com 82 países apoiando um mapa do caminho energético, e comprometeu triplicar fundos para adaptação climática até 2035. A ministra Marina Silva destacou o reconhecimento a indígenas e comunidades tradicionais, o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre e 122 novas Contribuições Nacionalmente Determinadas para corte de emissões até 2035. O presidente Lula celebrou o multilateralismo vitorioso, que embelezou a cidade e pavimentou legados como a Parceria Um Oceano, com US$ 20 bilhões para oceanos até 2030.

No Judiciário, tornozeleiras eletrônicas viraram símbolo do ano. Mais de 122 mil pessoas usavam o dispositivo até o fim de 2024, número que dobrou em oito anos e deve crescer mais, com o Judiciário optando por penas alternativas à prisão superlotada. O ex-presidente Jair Bolsonaro integrou a estatística em dezembro, por ordem do STF, com recolhimento noturno e fim de semana, após indícios de risco de fuga apontados pela PGR. Fabricantes como Spacecom, que domina 80% do mercado, relatam evasões abaixo de 1%, com equipamentos antifraude que detectam cortes, umidade ou bateria fraca, custando R$ 260 mensais contra R$ 3 mil de um preso.

Cultura, fé, trabalho e festas populares preencheram as lacunas, mostrando um Brasil de contrastes, mas pulsante de resistência. Essas imagens, acessadas quase três milhões de vezes, reforçam o jornalismo público como guardião da memória de um ano complexo, tenso e em permanente disputa.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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