OPINIÃO | A moralidade segundo Nilvan Ferreira, cidadão de bem, investigado por vender roupas falsas

O cidadão de bem, apresentador e agora dirigente partidário Nilvan Ferreira segue sua cruzada em busca dos votos da extrema direita bolsonarista e já se comporta como um verdadeiro conservador, fiscal dos costumes, boas maneiras e da fé cristã, segundo sua própria cartilha provavelmente.

Em postagem nas redes sociais, o ex-futuro outside político, criticou o que chamou de “tipo de protesto que a esquerda realiza”.

A foto de uma mulher protestando, em postura de porco abatido e servido para ser devorado (pelo governo), incomodou e mereceu a atenção do líder conservador.

A cartilha da moralidade de direita como já sabemos, é bastante seletiva. Por exemplo, não é imoral para Nilvan tirar foto abraçando o réu confesso do mensalão, Roberto Jeferson, condenado a mais de 7 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Também não é imoral ser investigado por venda de produtos falsificados, crime contra a ordem tributária e sonegação de impostos, como o próprio Nilvan é, na operação vitrine.

O agora petebista também não fez sua fiscalização moral contra a compra da mansão de Flávio Bolsonaro, por 6 milhões de reais, coincidentemente, o mesmo valor apurado no esquema das “rachadinhas” da ALERJ, segundo as investigações. Também não abriu a boca contra os atrasos na compra de vacinas pelo Governo Federal, nem nas aglomerações promovidas por Bolsonaro, que infectaram e ajudaram o vírus a matar milhares de cidadãos brasileiros.

Nada disso mereceu sua atenção.

Como todo bom “cidadão de bem”, Nilvan foca sua sanha autoritária nas liberdades individuais. Nos direitos da livre manifestação e expressão. O ataque a “fé cristã” poderia ser melhor praticado violando os mandamentos: “não matarás” ou “não roubarás”, como o seu presidente e família vem fazendo a passos largos e com ajuda de bons aliados como Nilvan.

A figura caricata que o candidato tenta construir, de conservador e preocupado com os bons costumes se esvai quando se pesquisa a vida pregressa do suposto conservador que até a esposa é investigada pelo Ministério Público por supostamente ser funcionária fantasma em diversas prefeituras do Estado, onde manteve vínculos dos mais diversos possíveis, acumulando funções e salários, segundo a denúncia.

É isso que essa gente tem a oferecer. Falsidades, falso moralismo e manipulação de informações, nada mais.

Como diz o ditado: Quem não te conhece, que te compre!

Por J. Laurentino

Esse texto foi recebido por colaboração independente e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NegoPB.