OPINIÃO | Barbárie na Paraíba. Bispo de Guarabira é hostilizado por bolsonaristas após celebrar a missa. A quem interessa o extremismo?

Ao iniciar este artigo, gostaria de registrar nossa solidariedade ao Bispo de Guarabira, Dom Adelmiro Sena.

Os últimos acontecimentos demonstram com clareza e urgência a necessidade de se derrotar o bolsonarismo e seus asseclas.

As cenas de barbárie registradas no último domingo (23), contra o bispo de Guarabira, Dom Adelmiro Sena, são o retrato do Brasil extremista criado e nutrido por Bolsonaro e seus aliados. Após celebrar a missa na manhã de domingo, na catedral da Luz, na cidade de Guarabira, o religioso foi abordado por algumas pessoas inconformadas com a sua pregação e orientação aos fiéis para “votarem em quem ajuda os pobres”.

Segundo testemunhas, um grupo que já aguardava o bispo na sacristia, partiu para agressões verbais , ofensas e desrespeito contra Dom Adelmiro.

Este é o Brasil de Bolsonaro, fanático, extremista, violento e intolerante. Reeleger Bolsonaro é aguardar para ser a próxima vítima.

Responsabilidade

Mas a responsabilidade não é apenas de Bolsonaro. Para que sua mensagem chegue na ponta, aos eleitores, o extremista presidente conta com uma rede de apoiadores e aliados que estão dando suporte ao seu governo genocida.

É o caso da oligarquia Cunha Lima na Paraíba, alinhada ao Bolsonarismo, Cássio e Pedro são base de Bolsonaro. Dos votos de Pedro a favor de matérias do governo, aos eventos em Campina Grande e a distribuição do KIT COVID pelo prefeito Romero Rodrigues, de tudo foi feito para ajudar o governo Federal.

A Paraíba, que conhecemos, e como está retratada em seu hino, como “Via-láctea do civismo”, está sendo destruída, ou derrotamos Bolsonaro agora, ou ele destruirá tudo que amamos e valorizamos.

Hino da Paraíba

Salve, ó berço do heroísmo
Paraíba, terra amada
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor, traçada!

No famoso diadema
Que da Pátria, a fonte aclara
Pode haver mais ampla gema
Não há pérola mais rara!

Quando repelindo o assalto
Do estrangeiro, combatias
Teu valor brilhou tão alto
Que uma estrela parecias!

Nesse embate destemido
Teu denodo foi modelo
Qual Rubi rubro incendido
Flamejaste em Cabedelo!

Depois, quando o Sul, instante
Clamou por teu braço forte
O teu gládio lampejante
Foi o diamante do Norte!

Quando, enfim, a madrugada
De novembro nos deslumbra
Como um Sol, a tua espada
Dardeja e espanca a penumbra!

Tens um passado de glória
Tens um presente sem jaça
Do porvir, canta a vitória
E ao teu gesto, a Luz se faça!

Salve, ó berço do heroísmo
Paraíba, terra amada
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor, traçada!

Por J. Laurentino

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NEGOPB.