Saindo das sombras com discurso populista, eleitoreiro e vazio, Cássio Cunha Lima concedeu nesta segunda (27), entrevista ao jornalista Luís Torres e chamou atenção pela falta de ideias, argumentos e propostas para a Paraíba. Seu filho Pedro Cunha Lima é pré-candidato ao governo do Estado, representando o legado do pai, e quê legado!
Durante a entrevista, Cássio fez uma “análise” do aumento dos combustíveis e defendeu a fixação da alíquota do ICMS em 17%, mesmo com a perda de arrecadação para Estados e Municípios e disse estar ao lado do povo.
Cabe destacar que em 2004, com a publicação da lei estadual 7.598, do governo Cássio, o ICMS passou de 17 para 25 por cento. Ainda em 2004, o ICMS sofreu um novo aumento, dessa vez de 2%, através de outra Lei estadual, a 7.611, também do governo Cássio, que criou o Funcep, o Fundo de Combate a Erradicação da Pobreza (na Paraíba). Ou seja, o ICMS em 2004 passou de 17 para 27 por cento, somente no governo Cássio Cunha Lima.
Lei 7.598/2004 (Governo Cássio: aumenta ICMS em 8%, de 17 para 25%)
Lei 7.611/2004 (Governo Cássio: aumenta ICMS em 2%, de 25 para 27%)
Decreto 22.946 de 13 de Maio de 2003 (Governo Cássio: ICMS chega a 28,32% para operações internas de gasolina e álcool)
O ex-senador e ex-governador ainda tentou justificar as derrotas sofridas nas eleições de 2014 e 2018, segundo ele a “máquina pública interferiu nas eleições”, só esqueceu de lembrar que ele próprio foi condenado e teve o mandato cassado por abuso de poder econômico no caso de distribuição de 4 milhões de reais conhecido como “cheques da FAC”, segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral.
Faltou dizer que, em 2021, os seus patrões (os Bancos) – Cássio atualmente presta serviços para a FEBRABAM (a Federação dos Bancos) – lucraram nas costas do “povo” que Cássio diz estar ao lado, Oitenta e um bilhões e meio de reais (R$ 81.500.000.000,00).
Veja como ficaram os lucros dos bancos em 2021, sem ajuste da inflação:
- Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 24,9 bilhões;
- Bradesco (BBDC4): R$ 21,9 bilhões;
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 19,7 bilhões e
- Santander Brasil (SANB11): R$ 14,9 bilhões.
Ou seja, é mais do mesmo, Cássio já conhecemos, é do tipo faça o que eu digo, mas não faça o que eu FIZ. E Pedro é apenas o preposto. A Paraíba não merece!