OPINIÃO | Não se enganem, Pedro é Cássio no poder. É cheque da FAC. É pão e leite para quem votou nos aliados. É dinheiro voador. Pedro é a volta do clientelismo e do patrimonialismo

As eleições 2022 serão um divisor de águas na história do Brasil e da Paraíba.

Não está em jogo apenas o projeto A ou B, mas sim, o próprio processo democrático e ainda além, o modelo de democracia que queremos.

Na Paraíba, as forças progressistas se agruparam no entorno na candidatura do atual governador João Azevedo. Apesar das críticas que por ventura tenham em relação a execução de políticas públicas ou a velocidade de execução, sabem que João é um democrata e sobretudo um republicano.

No entorno do candidato Pedro Cunha Lima, se agruparam velhas forças da política regional da Paraíba, com os novos agregados do bolsonarismo. Temos de velhos coronéis do sertão, que praticam o voto de cabresto, até os novos coronéis do cangaço digital que se utilizam das fake news para enganar e manipular o voto do eleitor.

A oligarquia Cunha Lima utilizou todas as suas energias e as forças reacionárias da Paraíba escutaram o seu chamado. São pessoas que se identificam com pautas antiaborto legal, grupos conservadores de ultradireita. Grupos pró-armas. Grupos pró-ditadura militar. Pessoas que defendem pautas antivacina, negacionistas e terraplanistas.

Essas forças agrupadas no entorno de Pedro, se valem historicamente da apropriação do Estado e das políticas públicas para se locupletarem. O modus operandi da oligarquia é personificar no seu líder os benefícios do poder. A população só tem acesso aos serviços públicos e aos empregos públicos se votarem nos candidatos da oligarquia. É assim que se perpetuam no poder.

Não podemos admitir esse retrocesso administrativo na Paraíba e o retorno de práticas como o clientelismo, e o patrimonialismo típico das oligarquias, onde a máquina pública é colocada a serviço do rei e dos amigos do rei.

Na zona rural, nas pequenas cidades, as implicações dessas práticas, vão desde a recusa de atendimento nos postos de saúde até a proibição de utilizar o transporte escolar para as crianças de famílias que votaram na oposição ao candidato da oligarquia.

O clientelismo vai ainda mais longe, nega remédios, nega transporte para atendimento em outros municípios e até a marcação de cirurgias e exames é dificultada para aqueles que não votaram com o chefe da oligarquia.

São essas práticas, essa deformação da democracia que precisa ser impedida de voltar a governar a Paraíba. São essas práticas que estão representadas na candidatura de Pedro Cunha Lima. Um modelo de gestão falido.

Não se engane. Pedro é Cássio no poder. Pedro é cheque da FAC. Pedro é pão e leite para quem votou com seus aliados, como foi no passado. Pedro é o futuro que a Paraíba já rejeitou, só que com um rosto mais jovem.

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!

Por J. Laurentino

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