OPINIÃO | Pedro é Cássio novamente no poder. E a Paraíba não precisa e nem merece esse castigo. Legado da família é a delação para vender a CAGEPA por caixa dois de R$ 800mil e cassação pelos cheques da FAC

As redes sociais tem repercutido a hashtag #CunhaLimaNuncaMais em referência ao candidato bolsonarista Pedro Cunha Lima e seu pai, Cássio Cunha Lima.

O legado da família é uma história policial, ou deveria ser. Do dinheiro voador do edifício concorde, passando pela cassação pela distribuição dos cheques da FAC, a delação da odebrecht para vender a CAGEPA em troca de R$ 800 mil de caixa dois para a campanha de 2014, chegando até a calvário e o afastamento dos familiares do TCE (Tribunal Cunha Lima do Estado).

Quem criou Ricardo Coutinho se não Cássio? O racha em 2014 foi pelo dinheiro desviado da saúde, que não estava chegando em Campina Grande. Ou Daniel da Cruz vermelha também não estava expandindo suas OS’s para a rainha da borborema na gestão Romero?

Mas indo direto ao ponto, Pedro vai defender o legado de Cássio?

Vejamos o legado:

Na política:

Segundo governador de estado da história do Brasil a ser cassado, Cássio deixou seu legado para o povo paraibano.

Cassado em 2008 por abuso de poder econômico, foi denunciado pela distribuição de 35 mil cheques da FAC, totalizando 4 milhões de reais, para pessoas carentes as vésperas do pleito eleitoral.

Na Segurança Pública:

Após a greve dos delegados de polícia da Paraíba completar um mês, na segunda-feira (5), o governo estadual decidiu aumentar a pressão para forçar a volta ao trabalho dos manifestantes.

O movimento grevista diz que há ao menos 200 de braços cruzados e mais de 8.000 inquéritos parados. O governo nega e afirma que são apenas cem delegados (de um total de 307 no Estado).

Na corrupção:

Em depoimento a procuradores da Operação Lava Jato, o presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, disse que pagou R$ 800 mil ao vice-presidente do Senado, Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), durante a campanha derrotada do parlamentar ao governo da Paraíba. Segundo o executivo, o senador tomou a iniciativa de chamar o diretor da companhia Alexandre Barradas ao seu gabinete no Congresso e pediu o dinheiro pelo caixa 2 para a campanha, em troca de privatizar o sistema de água do Estado caso fosse eleito com licitação direcionada para favorecer o grupo empresarial.

Na Saúde

Na época, o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Almeida, falou ao portal Clickpb sobre a possibilidade de deflagração de uma greve, que deverá paralisar as 29 unidades de saúde administradas pelo Governo do Estado.

 Ele afirmou que “o direito de greve do trabalhador é constitucional e legítimo”, mas garantiu que a população não deve ser prejudicada. Para garantir a tranquilidade no atendimento da saúde em toda a Paraíba, uma série de medidas já foram tomadas.

Na Operação Calvário

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) Arthur Cunha Lima pediu aposentadoria no início do mês. Arthur foi afastado do cargo após ser acusado de participar do grupo criminoso investigado pela Operação Calvário, da Polícia Federal, que apura desvio de recursos da saúde e educação por meio de organizações sociais. O pedido de aposentadoria se tornou público nesta terça-feira (24).

Essa é apenas uma pequena fração do legado que a oligarquia Cunha Lima deixou na Paraíba e ainda se perpetua através dos cargos públicos vitalícios, das concessões de rádio públicas, dos familiares deputados, prefeitos, vereadores e conselheiros, como o cunhado do agora pré-candidato Pedro Cunha Lima, que ocupou nos últimos anos uma vaga na SUDENE por indicação do clã.

Pedro não é Pedro, Pedro é Cássio novamente no poder. E a Paraíba não precisa e nem merece esse castigo.

Por J. Laurentino

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NEGOPB.