Muhammad Ali nos mostra como fomos ensinados a “naturalmente” sermos racistas.
O ícone Muhammad Ali completaria neste domingo 79 anos.
O maior boxeador da história foi também um cidadão consciente dos seus direitos e um militante ativo na luta do povo negro e dos direitos humanos.
O racismo moderno contra negros foi construído e transmitido de geração para geração. Chamado de “racismo estrutural”, a prática foi positivada em leis, estatutos e principalmente na cultura e nos hábitos da sociedade moderna que foi ensinada a ver as pessoas negras como inferiores e destinadas a ter uma função social subalterna.
Dessa chaga na história humana se originam inúmeros conflitos sociais e distorções em políticas públicas que insistem em aplicar a lógica da “meritocracia” quando os indivíduos estão em condições inferiores de competir entre si.
A seguir reproduzo um vídeo de entrevista do maior de todos, o sempre campeão Muhammad Ali, onde ele demonstra com muita clareza e senso de humor característico, como fomos culturalmente ensinados a achar “natural” o cidadão negro nos servindo, limpando, cozinhando ou trabalhando na lavoura.
A vergonha da escravidão e do racismo só não superam a sua prática.
Por J. Laurentino
Esse texto foi recebido por colaboração independente e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NegoPB.