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Padilha visita modelo de hospital inteligente na China

Durante visita oficial à China, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, conheceu o hospital inteligente universitário Tiantan, em Beijing, referência mundial no uso de tecnologias avançadas para a assistência médica. O modelo adotado pelo Tiantan vai muito além da automação de processos administrativos: ali, a inovação digital permeia todos os aspectos do cuidado, do primeiro contato ao acompanhamento remoto pós-alta. Pacientes não precisam mais enfrentar filas para se registrar, pagar ou coletar laudos — tudo é feito por meio de sistemas de autoatendimento, com opções de pagamento mobile e navegação indoor por aplicativo, garantindo uma experiência mais ágil e conveniente.

Após a consulta ou internação, o hospital continua acompanhando o paciente à distância, registrando todas as informações em tempo real. Médicos discutem casos em plataformas integradas e o paciente aguarda remotamente novas orientações, numa dinâmica que reduz custos e melhora a qualidade do atendimento. Dispositivos de monitoramento instalados em leitos e enfermarias enviam dados vitais diretamente para as equipes de enfermagem, que acompanham tudo em telas digitais. Até pedidos de refeições podem ser feitos por tablets disponíveis em cada quarto, sem aumento de preço para o paciente.

A infraestrutura do Tiantan é robusta: dois centros de dados garantem operação 24 horas por dia, com milhares de pontos de acesso à internet das coisas, sistemas de nuvem privada e uma rede clínica segmentada para máxima segurança e disponibilidade. Inteligência artificial, big data e IoT são usados para análise operacional, gestão preditiva e até mesmo nas áreas de pesquisa, como neurologia e neurocirurgia, campos nos quais o Tiantan é líder na Ásia. O hospital também desenvolve inovação em novas drogas e dispositivos médicos, mantendo forte tradição em ensino e pesquisa.

Inspirado pelo modelo chinês, o Brasil planeja inaugurar, até o fim de 2027 em São Paulo, o que pode ser o primeiro hospital público inteligente do país, sob gestão do Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil). A unidade terá foco em emergências, oferecendo 800 leitos para adultos e crianças, especialmente nas áreas de neurologia, neurocirurgia, cardiologia e terapia intensiva. A proposta é que o hospital funcione de forma integrada a toda a rede de atenção do SUS, desde a atenção básica até serviços de alta complexidade, usando tecnologia para tornar o atendimento mais ágil, eficiente e humanizado.

Para viabilizar o projeto, o governo brasileiro solicitou financiamento ao Banco de Desenvolvimento dos Brics, que deve se pronunciar ainda em 2025. Se aprovado, o hospital brasileiro seguirá os moldes de iniciativas bem-sucedidas na China e na Índia, países que avançam rapidamente na digitalização da saúde pública.

O que chama a atenção no Tiantan e nos exemplos em implantação no Brasil é a potencial transformação na relação médico-paciente. O fio condutor não é apenas a automação de processos burocráticos, mas a construção de uma rede de cuidado contínuo, em que a tecnologia amplia o acesso, a qualidade e a eficiência, sem abrir mão do olhar humano. Como destacou Padilha, o hospital inteligente é a tecnologia a serviço do SUS e da população, do profissional ao paciente, da formação à assistência — um novo paradigma que começa a ser desenhado no Brasil, com referências concretas do que já é realidade em outros países.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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