Um surto de intoxicação por metanol está assolando o Brasil, com bebidas alcoólicas adulteradas circulando em várias regiões do país. Até o momento, há 32 casos confirmados de intoxicação por metanol, com 181 casos ainda sob investigação. Além disso, 320 suspeitas foram descartadas pelas autoridades de saúde. As ocorrências mais significativas foram registradas em São Paulo, com 28 casos confirmados, seguidas por três no Paraná e um no Rio Grande do Sul.
As suspeitas de intoxicação por metanol estão distribuídas por várias regiões, com uma presença significativa em São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. No momento, não há novas confirmações de mortes relacionadas ao metanol, mantendo-se em cinco óbitos. Sete casos de morte suspeita ainda estão sendo investigados, com São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará sendo os focos principais dessas investigações.
A adulteração de bebidas alcoólicas com metanol é extremamente perigosa, pois o metanol é um composto altamente tóxico que pode causar sérios danos à saúde, incluindo perda de visão irreversível e até a morte. A preocupação com a segurança das bebidas alcoólicas levou o governo a intensificar as ações de fiscalização e a emitir um alerta nacional para combater a falsificação.
A crise destacou falhas na fiscalização e na cadeia de distribuição, com relatos de comércio paralelo de bebidas adulteradas em bares e eventos privados. A alta carga tributária também é apontada como um fator que estimula a falsificação, pois torna as bebidas alcoólicas mais caras e, consequentemente, mais atraentes para os falsificadores.
Para enfrentar essa situação, o governo recomendou que os órgãos de defesa do consumidor intensifiquem as ações de prevenção, fiscalização e orientação junto ao mercado de bebidas alcoólicas, com foco especial em São Paulo e regiões próximas. Além disso, a Anvisa lançou um chamamento internacional para importar o Fomepisol, um antídoto contra a intoxicação por metanol, que ainda não está registrado no Brasil.
