Com direito a uma quebra de recorde mundial e uma série de pódios, o Brasil reafirmou sua força no último dia de disputas dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens em Santiago, no Chile. A delegação nacional acrescentou mais 12 medalhas ao seu farto retrospecto, totalizando 68 conquistas — 42 de ouro, 18 de prata e oito de bronze — e consolidou a liderança no quadro de medalhas da competição.
O protagonismo brasileiro deste sábado veio do halterofilismo. O jovem mineiro Charles Eduardo Santos, de apenas 16 anos, surpreendeu ao estabelecer um novo recorde mundial júnior até 49 quilos ao levantar 116 quilos, superando a marca anterior de 115 quilos. O feito saudou não apenas o esmero individual, mas também o trabalho de base do paradesporto brasileiro. Completando o brilho da modalidade, a mineira Natália Gonçalves subiu ao lugar mais alto do pódio na categoria até 50 quilos, seguida pela fluminense Meyriellen Brandt, que conquistou ouro até 55 quilos. O potiguar Paulo Roberto Severo venceu até 49 quilos na categoria “next gen” (acima de 18 anos), enquanto o paulista Clayton Costa garantiu a prata até 59 quilos.
Outro capítulo de destaque foi escrito no tapete verde da bocha, onde o Brasil brilhou com seis medalhas, sendo três de ouro. O brasiliense Eduardo Vasconcelos venceu com facilidade a classe BC2, derrotando o mexicano José Ángel Rodríguez por 9 a 1. O potiguar José Antônio Santos conquistou o ouro na BC4 ao superar o canadense André John Woodrow por 8 a 2. O paulista Gabriel Serafim bateu o peruano Alejandro Hinostroza por 6 a 2 na classe BC3. Para completar, a rondoniense Gabrielly Alves e o carioca Samuel da Silva garantiram a prata na BC1, ao passo que a paraense Joice Lira e a cearense Clarice Sobreira levaram o bronze nas classes BC4 e BC2, respectivamente.
Ainda no final do sábado, a competição de basquete em cadeira de rodas 5×5 encerrou a participação brasileira no torneio americano. O Brasil, que brigava pelo bronze, acabou derrotado pela Colômbia por 76 a 40, o que não apaga o brilho de uma delegação que terminou, sem dúvida, como a grande estrela do Parapan de Santiago, projetando novos valores para o futuro do paradesporto nacional.

