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Parlamentares se dividem entre apoios e críticas à prisão de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal neste sábado (22) em Brasília, em cumprimento a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão ocorreu na residência onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto e foi motivada, entre outros fatores, por uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, que poderia criar um clima de intimidação contra o STF e a Polícia Federal, além de indicar risco de fuga, dado que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira eletrônica que monitorava seus movimentos.

A decisão de Moraes apontou que a reunião próxima à residência poderia causar tumulto e facilitar uma eventual tentativa de fuga. Além disso, o ministro estipulou audiência de custódia por videoconferência no domingo (23) e garantiu atendimento médico integral a Bolsonaro. A prisão foi determinada sem uso de algemas nem exposição do ex-presidente, respeitando sua dignidade.

No Congresso Nacional, a prisão gerou reações divergentes: o deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, defendeu a medida como necessária para garantir a ordem pública, destacando a atuação política de Bolsonaro mesmo em prisão domiciliar e o caráter intimidatório da vigília. Já o senador Rogério Marinho, líder da oposição, classificou a prisão como uma “aberração”, criticando o fato de Bolsonaro já estar em prisão domiciliar e não ser formalmente acusado. O deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, afirmou que o país vive um momento histórico e que “quem atacou a democracia vai pagar por isso”. Em contraste, o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão qualificou a prisão como perseguição política e destacou que Bolsonaro não representa ameaça à ordem pública.

A defesa do ex-presidente tentou um pedido de prisão domiciliar humanitária alegando doenças permanentes e necessidade de acompanhamento médico, mas o ministro Alexandre de Moraes rejeitou a solicitação e restringiu as visitas de Bolsonaro, autorizando apenas as de advogados e equipe médica.

Após a prisão, Bolsonaro foi levado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal para exame de corpo de delito. A decisão do ministro será submetida a referendo da Primeira Turma do STF em sessão virtual extraordinária marcada para segunda-feira (24).

O episódio marca um momento tenso no cenário político brasileiro, envolvendo questionamentos sobre a atuação judicial e o equilíbrio institucional entre os poderes.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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