Home / Brasil e Mundo / Petrobras amplia participação em áreas do pré-sal após leilão

Petrobras amplia participação em áreas do pré-sal após leilão

A Petrobras ampliou a sua participação nos campos do pré-sal de Mero e Atapu após arrematar, no Leilão de Áreas Não Contratadas realizado pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), as participações da União nas jazidas compartilhadas desses dois importantes campos na Bacia de Santos. Com um investimento total superior a R$ 8,7 bilhões, a estatal aumentou sua fatia em Mero de 38,60% para 41,40%, ao adquirir 3,5% da participação da União, em consórcio com a Shell Brasil, que detém 20% do bloco. Em Atapu, a Petrobras, que já detinha 73,24%, elevou sua participação para 66,38% com a compra de 0,95% da União, também em parceria com a Shell, que possui 26,76% do campo. O pagamento dos valores está programado para dezembro de 2025, totalizando R$ 6,97 bilhões, e a assinatura dos contratos deve ocorrer até março de 2026.

A operação, que se alinha à estratégia de reposição de reservas de óleo e gás prevista no Plano de Negócios 2026-30 da Petrobras, foi realizada com base na Lei nº 15.164/2025, que autorizou a União a alienar direitos e obrigações relacionados a acordos de individualização de produção em áreas do pré-sal não concedidas ou não partilhadas. A Petrobras declarou que o desembolso já estava previsto em seu planejamento, e as participações adquiridas, embora não especificamente previstas, mantêm-se dentro de uma margem de 4% da projeção de produção desse plano.

O leilão ocorreu sem concorrência, com o consórcio formado por Petrobras e Shell arrematando as duas áreas ofertadas em produção nos campos de Mero e Atapu, que são considerados estratégicos para a expansão da produção nacional de petróleo. O valor arrecadado pelo governo federal foi de aproximadamente R$ 8,8 bilhões, abaixo das expectativas iniciais, em parte devido à ausência de lances pela fatia da área de Tupi, que também esteve em oferta no certame.

Essa ampliação da participação da Petrobras reflete um movimento para fortalecer suas reservas nos principais ativos do pré-sal, considerados essenciais para garantir a produção de petróleo e gás com resiliência econômica e ambiental nos próximos anos. A Shell destacou que o investimento reforça sua estratégia de manter uma produção significativa no Brasil, ampliando seu portfólio em áreas de alta margem.

A transferência desses direitos das áreas da União para a Petrobras e Shell está prevista para impulsionar a produção nacional e incrementar a arrecadação futura da União, mantendo o governo com participação direta nos resultados por meio de bônus de assinatura e da partilha do excedente em óleo previsto nos contratos. Essa movimentação marca um passo importante na gestão e exploração dos ativos do pré-sal brasileiro, pilares cruciais para o setor energético do país.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)