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Petrobras recebe autorização para operar nova plataforma no pré-sal

A Petrobras ganhou reforço significativo na produção de petróleo e gás no pré-sal com a autorização para iniciar as operações da plataforma P-78, concedida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis nesta segunda-feira. A unidade, do tipo FPSO – unidade flutuante de produção, armazenagem e transferência –, está instalada no Campo de Búzios, na Bacia de Santos, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.

A ANP, órgão regulador vinculado ao Ministério de Minas e Energia, aprovou o início das atividades após análise detalhada da documentação, verificação das condicionantes de segurança operacional, aprovação do projeto e autorização dos sistemas de medição. O casco da P-78 foi construído em estaleiros nas cidades de Yantai e Hayang, na China, e em Ulsan, na Coreia do Sul, com integração dos blocos na Coreia e montagem final dos módulos em Singapura. Um dos módulos foi fabricado no estaleiro da Seatrium, antigo Brasfels, em Angra dos Reis, no litoral fluminense, e as auditorias da ANP ocorreram ainda em Singapura.

Chegando ao Brasil em setembro, a plataforma tem capacidade para processar 180 mil barris de petróleo por dia e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Dela, 3 milhões de metros cúbicos diários de gás serão enviados ao mercado consumidor brasileiro, e a unidade conta com sistema de flare fechado, que reduz as emissões de poluentes pela queima de gás.

No Campo de Búzios, o maior do mundo em águas profundas e líder na produção nacional, a P-78 será a sétima plataforma em operação, ao lado das P-74, P-75, P-76, P-77, Almirante Barroso e Almirante Tamandaré. Em 2025, o campo alcançou o recorde de 1 milhão de barris por dia.

A autorização surge em meio a uma greve nacional de petroleiros, que completa oito dias hoje. A categoria reivindica melhorias no plano de cargos e salários, solução para os Planos de Equacionamento de Déficit da Petros, fundo de pensão, e defesa da pauta Brasil Soberano, que busca manter a Petrobras como empresa pública com modelo de negócios fortalecedor da estatal. A Federação Única dos Petroleiros relata que a Petrobras apresentou contraproposta com avanços nos eixos da campanha, mas os trabalhadores exigem mais, incluindo a não aplicação de descontos pelos dias parados e ausência de punições. A paralisação afeta nove refinarias, 28 plataformas marítimas, 16 terminais, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel e dez instalações terrestres.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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