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PF combate quadrilha que fraudava pensões da UFRJ

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Capgras para combater um esquema criminoso que desviou pensões e aposentadorias de servidores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Cinco mandados de prisão foram emitidos, com quatro pessoas já presas no Rio de Janeiro, em Nilópolis e em Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo. A ação incluiu ainda o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão em diversos bairros da capital carioca e cidades da região metropolitana e de São Paulo.

As investigações começaram após a denúncia de um pensionista da universidade, que percebeu a inclusão de um beneficiário falso – um filho inexistente – cadastrado para receber parte da pensão a que tinha direito. A universidade, então, realizou uma auditoria interna que identificou vários casos semelhantes, o que levou o caso à Polícia Federal. O prejuízo estimado para a UFRJ é de cerca de R$ 1,2 milhão. A suspeita é que o grupo criminoso tenha atuado também em outros órgãos públicos.

Durante as buscas, na residência do principal suspeito em Mogi das Cruzes, foram encontrados uma estação de trabalho usada para as fraudes, computadores, documentos e planilhas que detalhavam as operações ilícitas. Em um imóvel em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, foram apreendidos dinheiro em espécie, joias, relógios caros, veículos, celulares, uma máquina de contar dinheiro e documentos. O esquema utilizava documentos falsificados para cadastrar beneficiários inexistentes, recebendo benefícios de servidores falecidos.

Além das fraudes previdenciárias, a quadrilha também praticava golpes bancários e movimentava o dinheiro obtido ilícitamente por meio de empresas de fachada e laranjas, totalizando cerca de R$ 22 milhões movimentados entre janeiro de 2022 e dezembro de 2024. Existiriam ainda indícios de que parte desses recursos foi repassada a integrantes da cúpula do Comando Vermelho, uma facção criminosa do Rio de Janeiro.

Os envolvidos poderão responder por crimes como falsificação de documento público, estelionato, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários no Rio, com o apoio de outras unidades da Polícia Federal. A investigação permanece em aberto para apurar possíveis conexões com outras fraudes e órgãos públicos.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)