A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (30) a operação Coffee Break. Na ação, que dá sequência a investigações iniciadas na Operação Casa de Papel, iniciada em junho de 2020, policiais federais dão cumprimento a 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 13ª Vara Federal do Recife. Entre as medidas judiciais, quatro mandados estão sendo cumpridos na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco – Alepe, e os demais em residências de alguns envolvidos no Recife, Gravatá e Ipojuca.
Segundo a PF, as empresas controladas pela organização criminosa identificadas na Operação Casa de Papel vêm sendo beneficiadas há tempos com contratações milionárias efetuadas pela Alepe. Essas contratações somam quase R$ 40 milhões. Desta vez, a investigação apura a solicitação de vantagem indevida feita por um servidor comissionado da Alepe, que atuava na comissão de pregoeiros e no setor responsável pelos pagamentos, em razão de estar favorecendo internamente essas empresas. O pedido de propina foi travestido de um convite para tomar um café, daí o nome da operação de hoje.
O servidor comissionado e o líder da organização criminosa, que não tiveram a identificação divulgada pela Superintendência da PF em Pernambuco, estão sendo indiciados pela prática dos crimes de corrupção, advocacia administrativa e dispensa indevida de licitação. Foi determinado pelo Juiz Federal, ainda, o afastamento temporário do referido servidor comissionado de suas funções de pregoeiro bem assim de qualquer atribuição que envolvesse licitações e a execução de contratos.
Por Karine Melo e edição de Valéria Aguiar | Agência Brasil