A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação Galho Fraco para aprofundar investigações sobre um suposto esquema de desvio de recursos públicos provenientes de cotas parlamentares, cumprindo sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Rio de Janeiro que têm como alvos, entre outros, os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ). [5][4]
Segundo a PF, as apurações indicam que agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para desviar verba pública e depois ocultar sua origem, por meio de simulação de contratos e serviços, especialmente com empresas de locação de veículos; a investigação apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa e é desdobramento de uma operação iniciada em dezembro de 2024 (Operação Rent a Car). [1][5][9]
Durante as diligências, policiais federais apreenderam grande quantidade de dinheiro em espécie — cerca de R$ 400 mil foram recolhidos na residência de Sóstenes Cavalcante, além de celulares e outros materiais que serão analisados pelos investigadores. [1][4][5]
O mandato dos atuais mandados de busca e apreensão foi autorizado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal; a decisão marca mudança em relação a fases anteriores da investigação, quando a Procuradoria-Geral da República havia se manifestado contra incluir os parlamentares diretamente nas medidas, levando à restrição das ações apenas a assessores na etapa anterior. [1][4][9]
Carlos Jordy se manifestou nas redes sociais afirmando que a busca e apreensão ocorreu “por determinação de Flávio Dino” e classificou a ação como “perseguição implacável”, afirmando que a empresa apontada na investigação seria a mesma que aluga carros desde seu primeiro mandato; a reportagem procurou a assessoria de Sóstenes, que ainda não tinha se pronunciado até a publicação. [2][5]
Fontes das investigações indicam que elementos que levaram aos mandados contra os deputados incluíram mensagens de celular, depoimentos de assessores e quebras de sigilo obtidas em fases anteriores da apuração. [8][9]
A Polícia Federal diz que a operação seguirá com análise do material apreendido e que as investigações continuarão em curso; não há, até o momento desta apuração, decisões judiciais condenatórias contra os parlamentares, e ambos os alvos têm direito a defesa e a sigilo de parte das diligências enquanto tramitam as investigações. [5][1]

