# Cirurgia de Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favoravelmente ao pedido da defesa de Jair Bolsonaro para que o ex-presidente seja internado nesta quarta-feira (24) e submetido a uma cirurgia na quinta-feira (25), no Hospital DF Star, em Brasília.[1][2] O parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, não se opõe aos pedidos de condução de Bolsonaro ao hospital para realização de exames preparatórios e posterior procedimento cirúrgico.[3]
A cirurgia foi indicada por médicos particulares e confirmada por peritos da Polícia Federal através de laudo oficial que atestou a necessidade de intervenção.[1] Segundo a perícia médica, Bolsonaro é portador de **hérnia inguinal bilateral** e também apresenta um quadro de soluço persistente que chegam a 40 por minuto, conforme apontado pelo laudo da Polícia Federal.[2][4] O procedimento foi classificado como cirurgia eletiva, ou seja, deve ser previamente agendado e não exige realização imediata.[6]
A defesa solicitou que a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro acompanhasse o ex-presidente durante toda a internação, que deverá durar entre cinco e sete dias.[1][2] O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a realização da cirurgia após receber o parecer da PGR, determinando também que o transporte e a segurança de Bolsonaro sejam realizados pela Polícia Federal de forma discreta, com desembarque pelas garagens do hospital.[4]
Moraes estabeleceu ainda que a porta do quarto em que o ex-presidente ficará internado tenha ao menos dois policiais federais de plantão, e proibiu o ingresso de celulares, computadores ou qualquer dispositivo eletrônico no local, excetuados os equipamentos médicos.[2][4] O ex-presidente permanece preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação pela trama golpista.[1]
Na mesma decisão que autorizou a cirurgia, Moraes negou o pedido da defesa para converter a prisão em regime domiciliar.[5]

