Os aeronautas — pilotos, copilotos, comissários e demais empregados que atuam a bordo de aeronaves de voos regulares comerciais — podem deflagrar greve nacional a partir de 1º de janeiro, caso a categoria rejeite a proposta apresentada em audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e confirme a paralisação em assembleia presencial marcada para 29 de dezembro[1]. A nova proposta, segundo o TST, prevê recomposição pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais ganho real de 0,5%, o que resultaria em aumento salarial de 4,68%, além de reajuste no vale‑alimentação de 8% e outros itens[1]. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou que a proposta será votada em assembleia online entre os dias 26 e 28; se for recusada, a assembleia presencial do dia 29, em São Paulo, poderá aprovar a greve que começaria em 1º de janeiro[1][2]. Em transmissão ao vivo, o presidente do SNA, Tiago Rosa, afirmou que a categoria está “pronta para greve”, mas ressaltou que compareceram à nova negociação no TST de boa‑fé e que a decisão será submetida aos trabalhadores na assembleia do dia 29[1]. O SNA vem rejeitando propostas anteriores por entender que não garantem ganho real e não avançam em pontos como combate à fadiga e regras de descanso, demandas consideradas decisivas para a segurança e bem‑estar dos tripulantes[5]. As companhias aéreas, por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), foram procuradas e ainda não se manifestaram oficialmente sobre a nova proposta ou sobre planos de contingência caso a greve seja aprovada[1][3]. Autoridades trabalhistas e o próprio TST seguem monitorando as negociações; por lei, um eventual aviso de greve deve ser comunicado com pelo menos 72 horas de antecedência, o que influenciará a data de início formal da paralisação caso seja aprovada[3].

