O Ministério Público de São Paulo, em conjunto com a Polícia Civil e a Polícia Militar, deflagrou nesta sexta-feira (24) a Operação Recon, que conseguiu desarticular um plano criminoso para assassinar autoridades públicas na região de Presidente Prudente, interior do estado. O grupo criminoso, ligado ao crime organizado, vinha monitorando de forma detalhada a rotina dessas autoridades e de seus familiares com o objetivo de promover atentados contra alvos previamente escolhidos.
Durante a operação, foram cumpridos 25 mandados de busca em diversas cidades da região, incluindo Presidente Prudente, Álvares Machado, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes e Santo Anastácio. As investigações revelaram que a célula criminosa atuava de maneira compartimentada e disciplinada, com divisão rígida de tarefas para dificultar a detecção pela polícia. Os criminosos já haviam mapeado os hábitos diários dos alvos, o que demonstrava a ousadia e o grau de periculosidade da organização.
A ação contou com a participação da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Divisão Estadual de Investigações Criminais (Deic), do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (BAEP), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público e da Polícia Penal. A integração entre as forças de segurança foi fundamental para interceptar e neutralizar o plano antes que pudesse ser executado, assim como para apreender uma série de materiais e equipamentos que ajudarão a polícia a identificar todos os envolvidos. Até o momento, nenhuma prisão foi registrada, mas as investigações continuam em andamento para identificar e desmantelar completamente a organização.
Este episódio ressalta os desafios da segurança pública no combate ao crime organizado, especialmente em regiões do interior paulista onde facções criminosas têm expressiva atuação. A ação rápida das autoridades evitou um ataque que poderia ter consequências graves para a segurança institucional e a estabilidade social da região. A operação ainda busca elucidar quem seriam os responsáveis pela fase executiva do atentado e aprofundar o entendimento sobre a estrutura da quadrilha que planejava os ataques.

