A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta quinta-feira (6) uma operação significativa contra o comércio e a falsificação de bebidas alcoólicas no estado e em Londrina, Paraná. Durante a ação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em vários locais da capital paulista e nas cidades de Americana, Marília, Taquaritinga, Sertãozinho e Matão, além de um mandado em Londrina. A operação, denominada “Parece, mas não é”, já está em sua quarta fase e tem como objetivo desarticular um esquema criminoso milionário que falsifica bebidas, principalmente gim, uísque e vodca, vendendo-as como se fossem de marcas renomadas.
Três homens foram presos durante a operação. Dois foram detidos em depósitos clandestinos na zona leste de São Paulo, nos bairros Ermelino Matarazzo e Vila Cruzeiro, onde foram apreendidas milhares de garrafas adulteradas, rótulos e embalagens falsas. No primeiro depósito, o foco eram garrafas usadas para falsificar bebidas destiladas, enquanto no segundo local os agentes encontraram embalagens com modelos diferentes dos originais. O terceiro preso foi o proprietário de um bar em Sertãozinho, interior do estado, onde as bebidas apresentavam diferença na coloração, cheiro e volume em garrafas lacradas, indicando adulteração.
A investigação mostra que a organização criminosa tinha uma estrutura organizada, com divisão clara das tarefas entre os integrantes, que envasavam bebidas de qualidade inferior em garrafas de marcas conhecidas para aumentar os lucros com a venda irregular. Essa ação policial faz parte de uma mobilização do governo estadual, especialmente após os casos de intoxicação por metanol em bebidas falsificadas. Nas fases anteriores da operação, outros suspeitos já foram presos, incluindo um dos maiores distribuidores de bebidas falsas do estado, conhecido como “rei do uísque”, e um garrafeiro com cerca de 3 mil garrafas ilegais em sua posse.
A operação contou com o apoio de várias delegacias e da Guarda Civil Metropolitana, destacando o esforço das autoridades para combater esse crime que representa um risco à saúde pública e à economia local. A polícia segue nas ruas para cumprir os mandados restantes e reunir mais provas contra os envolvidos no esquema.
