Polícia Federal indicia ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 em inquérito das joias

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi indiciado, nesta quinta-feira (04), pela Polícia Federal no inquérito das joias. Além dele, mais onze pessoas foram indiciadas.

Bolsonaro foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente, declarou que, por enquanto, não iria se manifestar, por não ter tido acesso ao documento da PF. Até o momento, Bolsonaro nega todas as acusações.

Os indiciados são: Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro; José Roberto Bueno Júnior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia; Julio César Vieira Gomes, auditor-fiscal e ex-secretário da Receita; Marcelo da Silva Vieira, chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República; Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro; Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque; Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação; Frederick Wassef, advogado do ex-presidente; Mauro Cesar Lourena Cid, general da reserva do Exército; Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro.

Em suma, o escândalo diz respeito a um suposto desvio, ainda no exercício do mandato de Bolsonaro, de presentes dados à Presidência da República por outras nações. Trata-se de um conjunto de bens de altíssimo valor, como, por exemplo, um relógio Rolex de ouro branco, que chegou a ser negociado e vendido nos Estados Unidos por R$ 300 mil, mas que, após sua existência ser revelada, foi “recuperado” por aliados do ex-presidente e trazido de volta ao Brasil. Segundo as investigações, o relógio foi levado aos EUA em um avião da Força Aérea Brasileira.