A movimentação no Porto de Cabedelo apresentou um crescimento de 8,77% este ano com relação ao primeiro semestre do ano passado, apesar dos efeitos negativos provocados pela pandemia na economia global. Nos próximos meses, o porto deve receber investimentos na ordem de R$ 120 milhões. Os dados foram apresentados ontem pela presidente da Companhia Docas da Paraíba, Gilmara Temóteo, durante o webinar “Desafios e potenciais dos portos públicos da região Nordeste”, promovido pelo Fórum Brasil Export. Segundo Gilmara, a Companhia Docas pretende realizar nos próximos meses investimentos na infraestrutura do Porto de Cabedelo da ordem de R$ 120 milhões”, disse.
Entre as obras, a pavimentação da área primária do porto, a implementação do novo sistema de drenagem e abastecimento de água e o aumento da capacidade de armazenamento do porto, especialmente com granéis líquidos. “Tínhamos traçado muitas metas e objetivos a serem cumpridos este ano, mas a pandemia desnorteou a todos. O nosso recorde é 2 milhões de toneladas, tivemos um decréscimo na arrecadação este ano, mas estamos mantendo o ritmo econômico. O Porto de Cabedelo é pequeno, mas exerce um papel muito importante para a Paraíba”, falou.
Hoje, as principais operações de carga que o Porto de Cabedelo realiza são com combustíveis, como gasolina, álcool e diesel; trigo, cevada, malte, petcoke e bentonita, de acordo com informações da presidente. Além da Paraíba, participaram do evento virtual gestores portuários dos estados de Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do Norte. O diálogo, mediado pelo diretor-presidente Fabrício Julião, teve o objetivo de trocar experiências sobre os projetos de cada porto, as dificuldades enfrentadas na gestão e no contexto da pandemia, além de uma avaliação da logística na região Nordeste.
O Brasil Export é um fórum nacional de logística e infraestrutura portuária. O presidente Fabrício Julião enfatizou a importância deste evento regional para mostrar todo o potencial do Nordeste. “Muitas vezes, essas informações não chegam aos investidores e autoridades, então, o intuito desse fórum foi mostrar os projetos desenvolvidos por cada porto, o seu potencial econômico, desafios da importação e exportação, capacidade de carga e rotas”, afirmou. O diretor-presidente do Porto de Suape, Leonardo Cerquinho, que também participou do debate, reforçou a necessidade de modernização do complexo portuário, especialmente para enfrentar a pandemia da covid-19. ”, pontuou.
Já o diretor-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Elis Treidler Öberg, revelou que quando assumiu a gestão, em 2019, a situação da instituição estava totalmente desorganizada e com prejuízos financeiros. “As contas de 2017 e 2018 estavam com um déficit bem expressivo, então, fizemos uma reformulação da gestão. Apenas este ano conseguimos equilibrar a Codern”, comemorou. Por fim, o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Ted Lago, destacou os números relevantes do Porto do Itaqui e a contribuição do empreendimento para a economia regional. “É muito bom ver a maturidade do sistema portuário nacional. Ainda ouço falar do sistema de forma pejorativa, mas, cada vez mais, a gestão dos portos públicos brasileiros é eficiente, sendo assim, o país pode contar com os portos para a retomada da economia”, concluiu.
Por fim, o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Ted Lago, destacou os números relevantes do Porto do Itaqui e a contribuição do empreendimento para a economia regional. “É muito bom ver a maturidade do sistema portuário nacional. Ainda ouço falar do sistema de forma pejorativa, mas, cada vez mais, os gestores portuários estão eficientes, sendo assim, o país pode contar com os portos para a retomada da economia”, concluiu.
Fonte: A União