A Prefeitura de João Pessoa está realizando a reestruturação do uso da robótica no ensino da rede municipal, com foco na integração de conteúdos, multidisciplinaridade e universalização do acesso. Um levantamento realizado pela atual gestão chegou ao índice de 75% de unidades que, apesar de possuir kits de robótica e mediadores contratados, não desenvolveram qualquer atividade com essa tecnologia nos mais de 10 anos de implantação. Muitos kits estavam guardados em armários e pessoal contratado em desvio de função.
Para promover o resgate do emprego da tecnologia nas escolas, o prefeito Cícero Lucena criou o Departamento de Formação, Programação e Robótica, que agrega em seu organograma a Divisão de Robótica e Programação Escolar. A nova estrutura tem a missão de fazer um trabalho integrado com a Diretoria de Ensino, Gestão e Escola de Formação da Secretaria de Educação e Cultura de João Pessoa. “A criação de um departamento específico tem o objetivo de promover a qualificação dos professores e técnicos que irão atuar na área. Nosso principal alvo é o benefício ao aprendizado dos alunos, de maneira universal e eficiente em todas as escolas”, explicou o prefeito.
De acordo com Elisson Dutra, diretor do Departamento de Formação, Programação e Robótica, a gestão Cícero Lucena trabalha para a uniformização com qualidade, eficiência e oportunidade de aprendizado a todos os alunos. Ele explicou que robótica será trabalhada de forma multidisciplinar, usando a matemática, a geografia, física, por exemplo, e será integrada no currículo do aluno, no seu dia a dia.
Formação – A rede de ensino será reestruturada para a formação do corpo profissional para que as aulas sejam mais atraentes, lúdicas e assim o aprendizado possa fluir melhor dentro da filosofia aonde o município cuida do professor, que cuida do aluno.
A qualificação dos professores e técnicos deve começar ainda este mês para que no momento em que as aulas presenciais possam ser retomadas, eles consigam tirar o máximo de proveito em benefício do alunado, com acesso a 100% da rede. “A direção do Departamento de Formação já está preparando o material para ministrar as aulas à distância para os professores”, explicou Dutra.
Outra constatação grave do inventário realizado pelo novo Departamento sobre a robótica no município foi de que os mediadores contratados eram utilizados em outras funções, como auxiliares de secretaria, por exemplo, enquanto os kits de robótica permaneciam guardados nos armários e os alunos não podiam usufruir dessa tecnologia. Além disso, diversos mediadores não tinham perfil de formação adequado ao ensino.
Contratos – Como a robótica é uma atividade que necessita ocorrer de forma presencial para o alunado, e isso não foi possível devido à pandemia e ao ensino remoto, todos os mediadores foram desligados. A gestão, no entanto, garante que fará novos contratos dentro desse novo foco e com pessoas que tenha um perfil que possa contribuir com o aprendizado dos alunos.
Resgate – No levantamento realizado pela Secretaria de Educação do Município foi identificado que apenas uma parcela de 11% das escolas tinha a utilização desse recurso no ensino de forma plena. Em cerca de 14%, teve a utilização de forma esporádica, ou seja, sem uma rotina estabelecida.
- Texto: Secom
Edição: Cristina Cavalcante
Fotografia: Arquivo/ Sérgio Lucena