O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recriou nesta quinta-feira (04/07), a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). O órgão, que fora criado, ainda na década de 1990, a fim de investigar o paradeiro das vítimas da ditadura civil-militar (1964-85), havia sido extinto no penúltimo dia de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Conforme consta no Diário Oficial da União (DOU) de hoje, Lula anulou o decreto de Bolsonaro e substituiu quatro integrantes do grupo que foram nomeados pelo ex-presidente. A comissão tem sete membros.
O mandatário petista vinha sendo orientado a deixar a recriação da entidade para outro momento. Ao mesmo tempo, Lula apostava numa política de conciliação com os militares, a constar pela sua ordem, em março deste ano, para cancelar todos os atos alusivos aos 60 anos do golpe militar.
Ao longo do 1º semestre, Lula dizia que não queria “ficar remoendo o passado”, referindo-se ao aniversário do golpe que instituiu a ditadura militar, em 1964. Segundo ele, o golpe “fazia parte” do passado, ao passo que ele desejava “tocar o País para frente”.
Foto: Ricardo Stuckert