Nesta quarta-feira, 22 de outubro, a Eletrobras anunciou que passará a se chamar Axia Energia, marcando um significativo processo de rebranding para a empresa. A mudança de nome é parte de uma transformação mais ampla iniciada em 2022, após a privatização da companhia. Essa alteração reflete o compromisso da empresa com a disciplina financeira e a excelência operacional, além de ser um passo importante para deixar o passado estatal para trás.
A Axia Energia é uma das principais empresas de energia no Hemisfério Sul, responsável por 17% da capacidade de geração nacional de energia e por 37% das linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN). A empresa possui uma carteira diversificada de 81 usinas, incluindo 47 hidrelétricas, 33 eólicas e uma solar.
O nome Axia vem do grego e significa “valor”, carregando também a ideia de eixo, que simboliza conexão, articulação e centralidade. A mudança de marca não implicará alterações nos compromissos contratuais, empresariais ou regulatórios.
A privatização da Eletrobras foi concluída em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. Mesmo após a desestatização, o governo ainda detém uma participação acionária significativa na empresa, junto com outros acionistas como o BNDES e fundos de previdência. Atualmente, o Grupo Governo detém 41,4% das ações totais e 14% das ações preferenciais da Axia.
Os trabalhadores tiveram a oportunidade de investir parte do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ações da empresa, que serão negociadas sob o novo ticker AXIA a partir de 10 de novembro. A Axia Energia tem como visão impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável no setor energético.
Recentemente, a empresa também vendeu sua participação na Eletronuclear, empresa responsável pelo Complexo Nuclear de Angra dos Reis, para a Âmbar Energia, do Grupo J&F. Essa venda faz parte dos esforços da Axia para se concentrar em suas atividades principais e enfrentar os desafios de um setor em constantes mudanças, impulsionados por novas tecnologias e regulamentações.

