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Professor pode pedir Carteira Nacional Docente a partir de amanhã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que investir em educação é uma decisão política recente no Brasil, destacando que o país demorou 420 anos para criar a primeira universidade, em razão de uma elite que dominava o país e não via a educação como prioridade. Em evento realizado no Dia do Professor, Lula ressaltou que a educação é o caminho para encontrar uma luz no fim do túnel, embora reconheça que há ainda ideologias atrasadas nas universidades e escolas brasileiras. Ele ressaltou o compromisso do seu governo em melhorar a educação nacional, expressando o desejo de que futuros presidentes tenham diploma universitário e coloquem o conhecimento a serviço do povo, não de interesses pessoais.

Durante a cerimônia no Rio de Janeiro, foi lançada a Carteira Nacional Docente do Brasil, destinada aos 2,7 milhões de professores do país das redes públicas e privadas, válida por dez anos. A carteira, que poderá ser solicitada pela plataforma Mais Professores, trará benefícios como meia-entrada em eventos culturais, descontos em hospedagens, entre outras vantagens negociadas com empresas parceiras, identificadas com o selo #TôComProf. Para participar, as empresas devem oferecer descontos mínimos de 10% em serviços variados e ter abrangência nacional ou regional.

Lula também anunciou a criação ainda neste ano da universidade federal indígena e da universidade do esporte, reforçando a necessidade de soberania do país não apenas em seu território, mas também na educação. Em complemento, o governo premiou 100 mil professores das redes públicas que atuam em escolas com destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), fornecendo a cada premiado um cartão com R$ 3 mil para compra de ferramentas de trabalho, como notebooks e tablets.

Além disso, o governo federal tem ampliado investimentos significativos na área educacional. Entre as ações, destacam-se a autorização para a contratação de mais de 6,7 mil professores e técnicos em universidades federais, soma a outras 15 mil vagas já aprovadas, e o investimento de R$ 1,17 bilhão para a educação indígena e quilombola, que inclui a construção de mais de 200 novas escolas voltadas a essas comunidades, políticas públicas para valorização dos saberes tradicionais e moradia estudantil. Também foram anunciados aportes de R$ 2,3 bilhões para a construção de creches em 455 municípios e para a aquisição de veículos destinados ao transporte escolar, privilegiando regiões vulneráveis a fim de ampliar vagas para crianças e reduzir a evasão escolar.

O governo renovou ainda o Portal de Formação Mais Professores, que oferece cursos gratuitos de formação continuada, graduação, mestrado e doutorado, com ferramenta interativa que facilita o acesso às oportunidades de formação por estado. Todas essas ações evidenciam a estratégia do governo federal de valorizar os profissionais da educação, ampliar o acesso e a qualidade do ensino e reduzir as desigualdades históricas no país.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)