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Programa Eco Invest Brasil encerra 2025 com R$ 14 bi em financiamentos

O Eco Invest Brasil encerra 2025 com mais de R$ 14 bilhões já contratados para projetos sustentáveis e prevê novos leilões em 2026, segundo nota do Tesouro Nacional.[1]

Liderado pelo Tesouro Nacional e coordenado pelos Ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o programa se consolidou em 2025 como o maior mecanismo de finanças verdes do país e figura entre os principais instrumentos globais de financiamento da transição ecológica.[1] Os recursos citados referem‑se sobretudo ao primeiro leilão, realizado em outubro de 2024, que, com a liberação de recursos ao longo de 2025, passou a financiar cerca de 14 projetos distribuídos pelos eixos de economia circular, infraestrutura verde, adaptação climática, bioeconomia e energia limpa.[1][5]

Mais da metade dos R$ 14 bilhões contratados está destinada à transição energética, com ênfase na produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e outros combustíveis renováveis; entre os projetos apoiados está a construção de uma biorrefinaria na Bahia com capacidade para produzir mais de 20 mil barris de óleo vegetal voltados à produção de SAF e diesel renovável.[3][5] No total do eixo energético, os investimentos ultrapassam R$ 7 bilhões.[3]

Na área de economia circular, cinco projetos concentram cerca de R$ 2,7 bilhões em investimentos voltados à ampliação da coleta e do tratamento de esgoto, com potencial de beneficiar aproximadamente 2 milhões de pessoas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.[3][5] O Eco Invest também passou a financiar iniciativas de adaptação climática, incluindo obras de modernização e aterramento de linhas elétricas em estados como Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul para reduzir interrupções causadas por eventos extremos.[3]

A estratégia de financiamento do programa combina recursos públicos e privados no chamado blended finance, com uso de capital catalítico que aceita maior tolerância ao risco em troca de retornos sociais além dos financeiros; essa estrutura tem como objetivo alavancar investimentos comerciais maiores.[1][3] Entre as inovações apontadas pelo Tesouro está a introdução de mecanismos de proteção cambial (hedge) que reduziram riscos para investidores estrangeiros e ampliaram a participação de capital externo.[1][5]

Além do primeiro leilão, o programa realizou outros leilões ao longo de 2025; o segundo leilão, voltado à recuperação de terras degradadas em parceria com o Ministério da Agricultura, mobilizou aproximadamente R$ 30–31,4 bilhões para restaurar cerca de 1,4 milhão de hectares em todos os biomas, com destaque para o Cerrado.[1][5] Ao final de 2025, o Eco Invest havia mobilizado, no total desde seu lançamento, cerca de R$ 75 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 46 bilhões foram captados no exterior, segundo o Tesouro.[1][2]

Em nota, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o programa reposicionou o Brasil no centro das decisões globais sobre financiamento climático, demonstrando escala, projetos e capacidade institucional para transformar capital em impacto real.[1]

Fontes consultadas: nota do Tesouro Nacional e reportagens sobre o Eco Invest Brasil.[1][5][3]

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)

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