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Protocolo com ação educativa do Hospital Metropolitano encerra registro de quedas na área da pediatria

O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade de saúde da rede estadual gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), alcançou 14 meses sem registro de quedas na Pediatria. O resultado surgiu após a implantação do Projeto Humpty Dumpty, iniciado em agosto de 2024 pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). Com a implantação do protocolo, o hospital passou a monitorar os indicadores e a realizar ações educativas regulares com as crianças, familiares e profissionais.
 
O Humpty Dumpty é um protocolo internacional de avaliação do risco de queda na infância e adolescência. No Metropolitano, ele passou a ser aplicado de forma lúdica, com contação de histórias, bonecos, painéis, músicas e um livrinho de pintura que ajuda a orientar as famílias sobre cuidados essenciais durante a internação. As atividades acontecem na brinquedoteca, nas enfermarias e nos leitos. Até outubro de 2025, foram 42 encontros, com a participação de 365 pessoas entre pais, crianças e colaboradores das equipes do NSP, Terapia Ocupacional e Psicopedagogia.
 
Para Aleqsandra Paula, presidente do NSP, o impacto do projeto é evidente. “Prevenir quedas significa menos lesões, menos tempo de internação, menos custos para as famílias e para o hospital, além de mais confiança dos pais na segurança do ambiente”, afirma. Ela explica que o maior desafio foi manter a regularidade das ações, realizadas três vezes ao mês, o que exigiu união e compromisso das equipes. Aleqsandra acrescenta que a próxima meta é levar o Humpty Dumpty também ao ambulatório em 2026, com pelo menos duas edições mensais.
 
O coordenador da Psicologia, Danilo Teodózio, destaca que o resultado foi construído de forma coletiva. Para ele, a educação em saúde aplicada no Humpty Dumpty fortalece a comunicação entre equipes, crianças e famílias. Ele explica que a rotina na Pediatria mudou, porque o projeto reforçou a cultura de segurança e de notificação. Para Danilo, notificar não é punir, mas educar. Isso permite mapear riscos, propor melhorias e fortalecer uma cultura em que todos participam e se sentem responsáveis pela segurança do paciente.
 
A mãe da paciente Mariana Ribeiro, Ana Lúcia, participou de uma das ações e relata que considera o projeto essencial. Ela conta que as orientações são claras e ajudam a passar o tempo de forma mais leve, ao mesmo tempo em que abordam cuidados importantes, como manter a grade da cama fechada, evitar escorregões e usar calçados adequados. Segundo ela, esse tipo de ação não é comum em outros hospitais onde já esteve com a filha.
 
Os 14 meses sem quedas refletem um trabalho integrado entre as equipes assistenciais, a gestão hospitalar e as famílias. Para o hospital, o projeto mostra que a educação em saúde, quando realizada de forma contínua e acessível, contribui para um cuidado mais seguro e humano, com foco na prevenção e na participação ativa de todos no processo de cuidar. 
 
A diretora hospitalar, Louise Nathalie, reforça essa visão ao destacar que “a participação das famílias é essencial, porque elas dividem conosco a responsabilidade pelos cuidados. Quando profissionais e acompanhantes caminham juntos, os resultados aparecem de forma mais sólida e sustentável”.

 

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