Os remédios do ex-presidente Jair Bolsonaro foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília, onde ele cumpre prisão preventiva. Uma equipe médica esteve no local para atender o ex-presidente, mas não concedeu declarações. Segundo seus advogados, Bolsonaro apresenta saúde debilitada, sofre diariamente com soluço gastroesofágico e falta de ar, e faz uso de medicamentos que atuam no sistema nervoso central.
A prisão preventiva foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a convocação de uma vigília nas proximidades da residência onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar. Também houve tentativa do ex-presidente de romper a tornozeleira eletrônica que monitorava seus movimentos. Na decisão sobre a prisão, o ministro garantiu que Bolsonaro teria atendimento médico integral.
A Superintendência da Polícia Federal em Brasília fica próxima ao Setor Hospitalar Sul, região onde está localizado o hospital DF Star, onde Bolsonaro realizava tratamentos médicos. Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista, ele e os demais réus podem ter suas penas executadas nas próximas semanas.
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, que entrou em vigor após descumprimento de medidas cautelares definidas pelo STF. Entre as restrições impostas estavam o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, a proibição de acessar embaixadas e consulados, de manter contato com autoridades estrangeiras e de utilizar redes sociais, seja diretamente ou por intermédio de terceiros.

