A cidade do Rio de Janeiro retornou à normalidade após um dia marcado por intensos confrontos entre as forças de segurança e o Comando Vermelho. A operação realizada na terça-feira (28) foi a mais letal da história do Rio, com pelo menos 64 mortos. Durante a ação, quatro policiais foram mortos e outros oito ficaram feridos, além de 81 suspeitos presos e mais de 90 fuzis apreendidos.
A operação visava combater o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, conhecidos redutos do crime organizado. Em resposta, criminosos interditaram 35 ruas em diversos pontos da cidade, criando barricadas com veículos, latões de lixo e incendiando materiais. A situação causou significativos transtornos nos transportes públicos, com mais de 200 linhas de ônibus alteradas e 71 coletivos usados como barricadas.
À noite, as ruas foram liberadas, e os transportes públicos – incluindo ônibus, VLT, BRT, metrô, trens e barcas – voltaram a funcionar normalmente na manhã seguinte. O Centro de Operações e Resiliência (COR) da prefeitura anunciou que a cidade havia retornado ao estágio 1 de alerta, indicando que não há mais ocorrências de grande impacto.
A operação deixou um clima de tensão na cidade, com moradores do Complexo do Alemão e da Penha relatando a intensidade dos confrontos e preocupações com as consequências de longo prazo. A situação política também foi afetada, com o governador Cláudio Castro discutindo a necessidade de medidas mais drásticas para combater o crime organizado.
Além disso, a operação destacou a complexidade do crime organizado no Rio, com lideranças como Edgar Alves, conhecido como “Doca”, ainda foragidas. O objetivo da operação era capturar essas lideranças e conter a expansão territorial do Comando Vermelho. O balanço final da operação pode ainda aumentar, com a possibilidade de mais corpos serem contabilizados.

