No dia 27 de outubro deste ano, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi palco da cerimônia de premiação do 67º Prêmio Jabuti, a maior honraria literária do Brasil. Nesta edição, o livro “O ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim”, escrito pelo jornalista e escritor Ruy Castro, foi eleito Livro do Ano. A obra, publicada pela Companhia das Letras, é uma coletânea de textos que exploram a vida e a obra do famoso compositor Tom Jobim.
Além de receber a estatueta dourada, Ruy Castro foi contemplado com um prêmio de R$ 70 mil e uma viagem à Feira do Livro de Londres, que, em 2026, comemora o Ano da Cultura Brasil–Reino Unido. Esse reconhecimento é o mais recente em uma carreira já repleta de prêmios, incluindo o Machado de Assis e um Jabuti em 2023 por “Os Perigos do Imperador: Um Romance do Segundo Reinado”. Castro foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2022.
A obra de Castro inspirou um seriado da Rádio MEC, que estreou em agosto deste ano, apresentando oito episódios que destacam a evolução artística de Tom Jobim. Ruy Castro é reconhecido por suas biografias de personalidades como Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda, além de suas reconstituições históricas sobre a Bossa Nova e o Rio de Janeiro dos anos 1920.
A cerimônia do Prêmio Jabuti reconheceu vencedores em 23 categorias, distribuídas nos eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Foram 4.530 obras inscritas nesta edição, e cada vencedor nas categorias recebeu a estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil. O processo de julgamento envolveu mais de 60 jurados.
A autora Ana Maria Machado foi homenageada como Personalidade Literária do ano, destacando-se como uma figura fundamental na literatura brasileira. Ela é conhecida por sua vasta produção infantojuvenil e por ter vencido três vezes o Prêmio Jabuti. Machado também é uma ocupante da Cadeira nº 1 da Academia Brasileira de Letras, desde 2003, e suas obras são traduzidas em diversos idiomas.

