A cidade de São Paulo enfrentou rajadas de ventos de alta intensidade ao longo desta quarta-feira (10), com a maior velocidade registrada no bairro da Lapa, zona oeste, chegando a 98,1 km/h por volta das 12h40. Outras regiões importantes também foram afetadas, como o Aeroporto de Congonhas, na zona sul, onde os ventos chegaram a 96,3 km/h ao meio-dia, e Santana, na zona norte, com rajadas de 81,2 km/h.
Além da capital, cidades próximas e do litoral paulista sofreram com ventos fortes: Bertioga teve rajadas de 91,1 km/h, Santos 83,3 km/h, Guarulhos 77,8 km/h e Campinas 77,7 km/h. Essas ventanias intensas foram consequência da atuação de um ciclone extratropical que afetou a região Sudeste do país, provocando rajadas moderadas a muito fortes em São Paulo, associadas a uma massa de ar seco e sistema de alta pressão atmosférica.
O impacto dos ventos foi significativo, gerando mais de 514 chamados para quedas de árvores e deixando mais de 2 milhões de clientes sem energia elétrica na região metropolitana. Em razão disso, a prefeitura de São Paulo precisou fechar todos os parques da cidade como medida preventiva. Apesar dos transtornos, até o momento não houve registro de fatalidades na capital, embora no interior do estado, em Campos do Jordão, tenha ocorrido um óbito relacionado à queda de imóvel por causa do temporal.
Meteorologistas alertaram que, embora a intensidade dos ventos devesse diminuir ao longo da noite, com rajadas perdendo força e temperaturas amenas na capital, os efeitos do ciclone deixaram claro que eventos climáticos mais severos podem se tornar mais frequentes na região. As condições adversas destacam a necessidade de aprimorar o sistema de energia, a arborização urbana e a preparação para fenômenos climáticos dessa magnitude, cada vez mais comuns em São Paulo devido à dinâmica do ciclo atmosférico que atinge a costa sudeste do Brasil.

