Sarampo: Paraíba alerta para importância da vacinação como medida preventiva para novos surtos

A Secretaria do Estado da Saúde (SES) alerta a população para a importância da vacinação contra sarampo. Após receber o selo “país livre do sarampo”, em 2016, o Brasil voltou a apresentar casos da doença em 2018 e o vírus continua em circulação até os dias atuais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, a doença atingiu o maior número de casos notificados em 23 anos em todo mundo. 
 
Nesse período de recirculação do sarampo, a Paraíba registrou 433 notificações da doença e foi identificado que menos da metade dos indivíduos estavam vacinados. A faixa etária de 0 a 04 anos foi a mais acometida pelo vírus, com 255 notificações, sendo 183 apenas no ano de 2019, quando 20.901 casos foram registrados no Brasil.
 
O sarampo é uma doença infecciosa extremamente contagiosa e pode ser grave. A vacina é o único meio de impedir a disseminação da doença, que pode apresentar complicações e óbitos. A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, é oferecida pelo SUS em duas doses, aplicadas aos 12 e 15 meses de idade. 
 
Na Paraíba, a média de vacinação contra o sarampo para a população de 1 ano de idade entre 2018 e 2020 foi de 93,78% para a primeira dose e 71,07% para a segunda. O ano de 2020 foi o que registrou menor porcentagem de vacinação, com 78,78% para a primeira dose e apenas 53,25% para a segunda. Os números estão abaixo dos preconizados pela OMS, pois o ideal é atingir pelo menos 95% de cobertura da tríplice viral de forma homogênea para impedir a circulação do vírus.
 
A chefe do Núcleo de Imunização da SES, Isiane Queiroga, informa que a vacina pode ser aplicada a qualquer momento, caso não tenha sido administrada na data prevista: “A população até 59 anos deve se vacinar contra o sarampo, mesmo que fora da data prevista no calendário do Ministério da Saúde. Obrigatoriamente, os indivíduos até 29 anos precisam receber as duas doses, preferencialmente na infância. A partir dos 30 anos, a dose é única e pode ser aplicada até os 59 anos”. Ela reforça que a circulação do vírus coloca em risco, sobretudo, as crianças menores de um ano, que ainda não estão imunizadas contra a doença. “Como a primeira dose só é aplicada a partir dos 12 meses, essa população fica vulnerável e a doença pode evoluir e culminar em óbito”, alerta.
 
A vacina contra sarampo está disponível nos postos de saúde a proteção dos indivíduos é indispensável para a manutenção da imunidade coletiva. Após as duas doses, a tríplice viral não precisa de reforço.