A 1ª Semana da Economia Brasileira reúne no Rio de Janeiro, a partir desta segunda-feira (1º), acadêmicos e economistas para debater os principais avanços que marcaram os últimos 40 anos da economia no país, após a retomada da democracia. O diretor de Planejamento e Relações institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, abriu o evento.
“Se você ficar focado só no curto prazo, deixa de olhar principalmente os avanços que a temos feito nos últimos 40 anos”, afirmou.
A semana se vai se estender até o próximo dia 5. Especialistas debatem temas econômicos ocorridos no país a partir de 1985. Entre eles, a crise da dívida externa e alta da inflação, estabilização com crise cambial, crescimento com distribuição de renda, crise interna com estagnação.
O evento, organizado pelo Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, em parceria com o BNDES, acontece no Palácio da Fazenda, no centro do Rio de Janeiro. A programação inclui palestras, apresentações de artigos selecionados e debates sobre os principais desafios e conquistas econômicas do Brasil nas últimas quatro décadas.
Durante a abertura, Nelson Barbosa destacou a importância de reconhecer os avanços conquistados, como a estabilização da economia, a criação de um sistema de saúde pública universal e a implementação de políticas de transferência de renda que ajudaram a combater a pobreza, especialmente em momentos de crise, como durante a pandemia de COVID-19.
Barbosa também ressaltou a necessidade de um debate fiscal saudável, defendendo uma política tributária progressiva como solução para reequilibrar o orçamento em um país com alta desigualdade. Ele alertou para a importância de preservar as florestas e repensar o sistema de previdência, educação e saúde, à medida que a população cresce e vive com mais qualidade.
A transformação tecnológica em andamento no Brasil e a necessidade de gerar empregos de qualidade em meio a essas mudanças também foram temas abordados. “Com novas tecnologias de inteligência artificial mudando a realidade da nossa vida, é preciso gerar emprego de qualidade. É a empregabilidade que faz milhões de pessoas”, afirmou Barbosa.
O debate aberto sobre a economia, considerando os custos e benefícios de cada alternativa, foi apontado como essencial para a tomada de decisões. “Precisamos discutir quais são os desafios e, principalmente, ouvir os professores, os pesquisadores”, finalizou.

