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Senador Fabiano Contarato vai presidir CPI do crime organizado

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o crime organizado no Brasil. A eleição ocorreu na terça-feira (4), em votação apertada na qual Contarato venceu o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) por uma diferença de um voto, ficando Mourão como vice-presidente da comissão. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento para criação da CPI, foi escolhido para a relatoria dos trabalhos. A comissão será composta por 11 senadores titulares e sete suplentes, com prazo de 120 dias para apurar o funcionamento, expansão e estruturação de milícias e facções criminosas no país.

Fabiano Contarato, que tem 27 anos de experiência como delegado de Polícia Civil, ressaltou a importância do combate ao crime organizado como prioridade para o Estado brasileiro. Ele afirmou que essas organizações ameaçam a paz dos cidadãos, corroem a democracia, comprometem a confiança da população nas instituições e alimentam um ciclo de medo, desigualdade e impunidade. Contarato destacou seu compromisso inegociável de conduzir a investigação com independência, transparência e coragem, buscando identificar não só os executores, mas também líderes, financiadores e cúmplices da violência e corrupção.

A CPI terá como foco a investigação da estrutura e expansão de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além das milícias. Também investigará fontes de financiamento e lavagem de dinheiro, domínio territorial e prisional dessas organizações, suas conexões regionais e transnacionais, além da possível infiltração no poder público. O colegiado buscará apontar mudanças na legislação para aprimorar o combate a essas organizações criminosas.

O contexto da instalação da CPI coincide com a repercussão de uma operação das forças de segurança no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que resultou em 121 mortes, marcada por disputas políticas entre governo e oposição sobre o protagonismo em pautas de segurança pública. Contarato afirmou que não apoia ações violentas ou desumanas, mas também criticou a romantização da vida sob o domínio de criminosos por parte de quem vive protegido em segurança.

Com sua experiência prévia como delegado e senador eleito em 2018, Contarato assume a presidência da CPI com o compromisso de chegar ao “topo da cadeia criminosa” para responsabilizar todos os envolvidos nos crimes investigados, buscando soluções efetivas para enfrentar o crime organizado no Brasil.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)