No dia 28 de outubro de 2025, o Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou uma das maiores operações policiais da história do estado, conhecida como Operação Contenção. A ação visava conter o avanço do Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do Brasil, principalmente nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Cerca de 2.500 agentes policiais participaram da operação, que resultou na execução de 100 mandados de prisão e na apreensão de mais de uma tonelada de drogas e 118 armas, incluindo 93 fuzis.
Durante a operação, intensos confrontos ocorreram, com gangues incendiando barricadas e utilizando bombas lançadas por drones contra as equipes das forças especiais. Infelizmente, a operação foi marcada pela morte de 132 pessoas, sendo classificada pelo governador Cláudio Castro como “um sucesso”. No entanto, a operação também teve um custo alto para as forças de segurança, com a morte de quatro agentes de segurança.
O Sindicato dos Policiais do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ) expressou solidariedade às famílias dos policiais mortos, que incluíam os civis Marcos Vinicius (Máskara) e Rodrigo Velloso Cabral, e os militares Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves, ambos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O sindicato destacou a gravidade do enfrentamento cotidiano ao crime organizado no estado e ressaltou a necessidade de maior apoio financeiro e estrutural do governo federal para equipar os servidores da segurança pública.
A operação também teve um impacto significativo na comunidade, com a interrupção de serviços essenciais como saúde, educação e transporte. Várias escolas foram fechadas, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro cancelou aulas noturnas. Em resposta à operação, gangues bloquearam várias rodovias, afetando a rotina de moradores e trabalhadores na região. As famílias das vítimas fatais da operação reclamam da falta de informações sobre os mortos, com muitas optando por enterros gratuitos sem velório devido à falta de recursos.
A Operação Contenção reforça a percepção de que o Rio de Janeiro vive em um estado de guerra permanente contra o crime organizado, com o sindicato enfatizando a necessidade de uma abordagem mais coordenada e apoiada para combater a violência.

