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Só existe justiça climática se houver justiça de gênero, diz ministra

Nesta quarta-feira (19), as mulheres colocaram o debate sobre clima e gênero no centro das negociações da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. O Dia de Gênero na COP30 reuniu vozes de milhares de mulheres nos corredores da conferência, destacando a importância de integrar a perspectiva de gênero nas políticas climáticas globais.

Para a ministra da Mulher, Márcia Lopes, a justiça climática só é possível se houver justiça de gênero. “A ciência, os dados e os territórios mostram para nós, todos os dias, que as mulheres são as mais atingidas pela falta de água, pela insegurança alimentar, pela pobreza do tempo, pela perda de renda e pelo aumento da violência durante os desastres. E esses impactos têm cor e território”, afirmou Márcia Lopes durante o evento.

A programação especial para o Dia de Gênero incluiu debates, painéis e apresentações sobre a presença feminina nas decisões climáticas. Entre as iniciativas destacadas estão a criação de um protocolo internacional para o fortalecimento de mulheres e meninas em situações de emergências climáticas e desastres, desenvolvido em parceria com organismos internacionais no âmbito do Plano de Aceleração de Soluções da COP30. Também foi apresentada a minuta de decreto da Política Nacional para as Mulheres Indígenas, em consulta pública, em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas.

O evento contou com a participação de representantes de governos, movimentos sociais, setor privado e academia, que discutiram formas de construir políticas inclusivas, equitativas e sensíveis a gênero. A ministra ressaltou que, apesar de serem as mais afetadas pela crise ambiental, as mulheres também são fundamentais para a solução dos problemas, preservando saberes ancestrais e cuidando da segurança alimentar através de hortas e cozinhas comunitárias.

A COP30 em território brasileiro representa um marco de responsabilização internacional e uma oportunidade de consolidar a liderança do país na promoção da justiça climática com igualdade de gênero. O objetivo é transformar a conferência em uma plataforma global de inovação, cooperação e compromisso, reunindo diferentes atores para construir políticas que reconheçam o papel das mulheres na adaptação, mitigação e governança climática.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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