Subiu para 17 o número de mortos no grave acidente com um ônibus fretado na Serra dos Ventos, na BR-423, entre os municípios pernambucanos de Paranatama e Saloá. O veículo transportava 40 passageiros, número maior do que o oficialmente declarado, e seguia de volta para Brumado, na Bahia, após a comitiva passar cerca de um dia e meio em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, onde realizaram compras em um polo atacadista de confecções. O acidente ocorreu por volta das 20h da sexta-feira, quando o ônibus perdeu o controle, invadiu a pista contrária, colidiu contra rochas às margens da rodovia e, ao tentar retomar a pista correta, bateu em um barranco de areia, tombando em seguida.
O motorista relatou inicialmente que o ônibus sofreu uma falha mecânica, afirmando que “faltou freio”. As autoridades não descartam essa possibilidade e estão realizando perícias no veículo e no local do acidente para determinar as causas exatas. Além disso, o motorista passou por teste do bafômetro, que apontou resultado negativo para consumo de álcool, e sofreu apenas ferimentos leves. A Polícia Rodoviária Federal também indicou que alguns passageiros provavelmente não utilizavam cinto de segurança, o que pode ter agravado a gravidade dos ferimentos e mortes no desastre.
As vítimas são originárias principalmente da Bahia e de Minas Gerais, locais de onde parte dos passageiros adentrou no ônibus. Das 17 pessoas que faleceram, 11 já foram oficialmente identificadas por meio da perícia papiloscópica. Outras 17 vítimas foram encaminhadas ao Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, onde algumas permanecem internadas, incluindo um paciente em estado grave na UTI, enquanto outros já receberam alta.
A investigação visa agora concluir a identificação completa dos corpos para liberá-los às famílias e apurar com precisão todos os motivos que provocaram o acidente. O trecho onde ocorreu o tombamento, conhecido como Serra dos Ventos, é caracterizado por curvas acentuadas e pista simples, o que pode aumentar os riscos durante a condução. Os trabalhos de resgate e perícia continuam para garantir clareza e justiça em relação à tragédia que abalou as comunidades envolvidas.
