Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), foi liberado da carceragem da Polícia Federal em Brasília neste sábado (10), após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder-lhe liberdade provisória.
Ao deixar as instalações, Costa Neto preferiu não conceder entrevistas, seguindo a orientação de seu advogado, Marcelo Bessa.
A prisão de Costa Neto ocorreu na quinta-feira (8) durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga possíveis articulações para um golpe de Estado no fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O político foi detido por porte ilegal de arma, encontrada durante a operação, além da descoberta de uma pepita de ouro em sua residência.
A investigação sobre a origem da pepita de ouro, avaliada em aproximadamente R$ 11,7 mil, foi conduzida pela perícia criminal federal, que determinou sua procedência de um garimpo. No entanto, não foi possível identificar o estado de origem desse garimpo.
Além disso, foi revelado que a arma que levou à prisão de Costa Neto estava registrada em nome de seu filho, cujo registro estava vencido, configurando, segundo a Polícia Federal, porte ilegal de arma.
A Operação Tempus Veritatis cumpriu um total de 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, autorizados pelo STF em diversos estados brasileiros.
As investigações apontam para uma tentativa de manipulação das eleições presidenciais de 2022 visando justificar uma intervenção militar, além da preparação de ações para a abolição do Estado Democrático de Direito. O nome da operação, “Tempus Veritatis”, que significa “hora da verdade” em latim, reflete a busca pela exposição dos fatos e pela justiça diante das atividades ilícitas investigadas.